Um tribunal confirmou decisão a favor do ex-presidente argentino Fernando de la Rúa, acusado de responsabilidade por violenta repressão no centro de Buenos Aires, que deixou cinco mortos e precipitou sua renúncia ao cargo em 2001, informou nesta quarta-feira uma fonte judicial.
A Câmara do Tribunal Criminal e Correcional Federal "eximiu Fernando de la Rúa (1999-2001) de culpa, por falta de provas, no episódio ocorrido em 20 de dezembro de 2001" no qual era acusado "de homicídio culposo e lesões", informou o Centro de Informação Judicial.
O tribunal apoiou sentença de primeira instância emitida em junho passado por um magistrado federal.
Segundo a Câmara, o então presidente "não era garante da vida e integridade física" da população quando, em 19 de dezembro de 2001, declarou o estado de sítio, um dia antes de sua demissão, em meio a uma revolta popular que deixou 30 mortos em todo o país, cinco deles no centro da capital argentina.
De la Rúa renunciou em meio à pior crise econômica da história argentina.