Especialistas da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e da Universidade de São Paulo (USP) ensinam professores e médicos a identificar e ajudar crianças vítimas de abuso. O curso foi solicitado pelo Ministério da Educação (MEC) como uma das medidas contra a pedofilia. 

O Laboratório de Análise e Prevenção à Violência, ligado ao Departamento de Psicologia da Ufscar, desenvolve programas com mulheres vítimas de agressões, com os parceiros delas e com crianças. O instituto é um dos credenciados pelo MEC para o programa “Escola que Protege”, em que professores são capacitados a enfrentar casos de violência contra crianças e adolescentes.

“Eles aprenderão sobre a violência contra a criança, em que consiste, quais as modalidades, o que pode ser feito e o que a lei determina”, diz a coordenadora do laboratório da Ufscar, Lúcia Williams.

A ação é necessária porque, de acordo com o laboratório, ainda é muito baixo o número de casos de violência identificados por professores. O principal problema é a deficiência que eles têm em reconhecer os sinais que as crianças dão quando são vítimas de violência ou abuso. “Algumas crianças mudam o humor, de felizes, passam a arredias ou agressivas”, diz Lúcia.

O trabalho já foi feito na rede municipal de São Carlos (SP). Em uma das escolas, de educação infantil, cinco professores foram treinados. Agora, o laboratório levará a experiência para professores de Catanduva (SP).