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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Cidades

grupo de extermínio

Sete militares acusados pela morte de 16 são julgados ainda este mês

Foto: Reprodução

Os trabalhos da GPT foram suspensos em Aragarças e a Rotam tentou intimidar o grupo Jaime Câmara da Globo em Goiania recentemente

Os trabalhos da GPT foram suspensos em Aragarças e a Rotam tentou intimidar o grupo Jaime Câmara da Globo em Goiania recentemente

Sete militares do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) da Polícia Militar do Estado de Goiás vão a Juri Popular entre os dias 22 e 25 deste mês sob acusação de homicídio e formação de quadrilha. Eles são acusados de participar de um grupo de extermínio que agia no município de Aragarças-GO, na divisa com Barra do Garças, e também com incursões em Mato Grosso.


Os militares vão ao banco dos réus em Goiânia (GO) pelo duplo homicídio e uma tentativa de homicídio ocorrida em fevereiro de 2008, num bar da cidade goiana. Além destes crimes, o grupo é investigado pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MPE) e pela Polícia Federal (PF) por 16 assassinatos e sete tentativas de homicídio, nos anos de 2006 e 2008.

Serão julgados os tenentes Neidmar da Silva Camilo e Gustavo Rocha, além do sargento Celso Pereira de Oliveira e os soldados Odair Fernando Souza, João Oliveira Diniz Júnior, Antônio Divino da Silva Moreira e Vandir Silva. Eles estão presos desde 2008, aguardando julgamento. 

No bar, os militares teriam executado João Paulo Sales Bezerra e Rosivaldo José de Almeida e balearam Wesley Silval Santana, que sobreviveu, auxiliou na identificação e prisão dos acusados. No mesmo dia e quase no mesmo horário um segurança foi assassinado na Barra cujo crime também é atribuído ao mesmo grupo, a vítima Wilson Oliveira Luz.

A promotora Vânia Marçal informou que o julgamento será em Goiânia devido à repercussão que o caso teve em Aragarças e explicou que os réus devem devem ser julgados separadamente a pedido da Defesa. O MPE entende que inocentes morreram por estar na hora e no lugar errado. O grupo fazia também proteção policial de traficantes em troca de benefícios.

A prisão dos integrantes do GPT em Aragarças em 2008 desencadeou a maior investigação da história de Goiás de envolvimento de militares do GPT e ROTAM em mortes violentas no Estado. Em fevereiro de 2011, a Polícia Federal prendeu mais 19 militares na operação denominada Sexto Mandamento, uma lembrança ao que diz a bíblia ‘não matarás’, que investiga a morte de 40 pessoas em Goiás.

A operação da Polícia Federal ouviu em janeiro deste ano o delegado de Barra do Garças, Adilson Gonçalves, que desvendou um triplo homicídio ocorrido em Torixoréu onde uma das vítimas era ex-militar. O delegado barra-garcense prendeu o militar Gezun acusado de participar do grupo de exterminio e por isso sofreu várias ameaças. A partir do depoimeto de Adilson, a PF desencadeou a operação Sexto Mandamento

Um dos meios de transporte utilizados para os crimes era motocicleta. De acordo com as investigações do MP, veículos do GPT, que estavam em patrulhamento nos mesmos dias dos crimes, dariam cobertura na fuga dos criminosos.

Enquanto as investigações foram levadas adiante houve tentativa de intimidação das autoridades. A casa da delegada Azuen Albarello foi alvejada por tiros e o seu carro foi riscado com a letra M (de morte). A promotora e o juiz de Aragarças também foram ameaçados com um incêndio criminoso que houve no Fórum em março de 2010. 

A relação de crimes atribuídos ao grupo extermínio, inclui outros 14 homicídios, sendo de Elder Vieira dos Santos, Roberto Pereira Sobrinho, Sebastião Mendes de Castro, Mauriti Ribeiro de Andrade, Elder Júnior Silva Martins, Sezamar Pereira da Silva, Warlinton Pereira dos Santos, Carlos Eduardo Farias Miranda, Iron Manoel da Silva, Arlindo Pereira dos Santos, Cicero Paulino Gomes, Josivan Inácio Oliveira, Daniel Martins de Sousa e Wilson Oliveira Luz.

Sofreram tentativas de homicídio as seguintes vítimas: Ney Santos Botelho, Epaminondas Mendes Pina, Edilson Sales Bezerra, Leandro Peres Vargas, Rosalino Rodrigues da Silva e João Bosco Pereira dos Santos.

Os acusados do GPT ficaram presos por quase dois anos no presídio de segurança máxima em Campo Grande-MS e foram recambiados para Goiânia para realização do julgamento. 
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