Olhar Direto

Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Estudo: reformar coração não impede insuficiência cardíaca

Uma operação que já pareceu promissora no tratamento da insuficiência cardíaca não ajuda os pacientes, de acordo com relatos médicos. A operação, chamada reconstrução ventricular, reforma a principal câmara de bombeamento do coração, na esperança de fazê-la funcionar melhor. Por cerca de 20 anos, cirurgiões fizeram a cirurgia em pacientes com insuficiência cardíaca que já passariam por cirurgia de ponte de safena para tratar artérias coronárias obstruídas.


Cerca de 5 milhões de americanos sofrem de insuficiência cardíaca, doença que contribui com 287 mil mortes a cada ano. As causas incluem danos causados por ataques cardíacos, artérias coronárias obstruídas, doenças nas válvulas cardíacas, hipertensão e diabetes. O resultado é que o coração fica inchado, com cicatrizes, disforme e fraco demais para bombear sangue suficiente.

Os pacientes podem ter falta de ar e dificuldade em andar. Os médicos tinham esperança de que a reconstrução, ao restaurar a forma e o tamanho naturais do coração, ajudasse as pessoas a sentirem-se melhor e sobreviverem por mais tempo.

Mas a cirurgia não ajuda, de acordo com um estudo de grande porte, no qual mil pessoas foram escolhidas aleatoriamente para fazer ou a reconstrução junto com a ponte de safena, ou apenas a ponte de safena. Então, os pesquisadores monitoraram os pacientes durante uma média de 48 meses, para ver quantos deles morreram ou acabaram voltando para o hospital. Eles também examinaram os sintomas e a capacidade de fazer exercícios.

Não houve diferenças entre os dois grupos. As taxas de morte e re-hospitalização foram as mesmas, e os sintomas melhoraram igualmente em ambos os grupos. Mas os pacientes que fizeram a reconstrução passaram mais tempo na mesa de operações e no hospital. Alguns cirurgiões afirmam que pacientes com cicatrizes graves no coração, que não fizeram parte do grupo de estudo, podem encontrar benefícios na cirurgia.

Porém, realizá-la rotineiramente "não pode ser justificado", escreveu o doutor Howard J. Eisen, em um editorial publicado na internet na segunda-feira no New England Journal of Medicine. Eisen, que não participou do estudo, é cardiologista da escola de medicina da Universidade Drexel, na Filadélfia. Um artigo sobre o estudo também foi publicado no periódico, e as descobertas foram apresentadas no último domingo em uma palestra em Orlando, Flórida.

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet