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Terça-feira, 28 de maio de 2024

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caso Leopoldino

Lessa confirma encontro com Pieroni e Árias e vai ao MPF esclarecer morte

Foto: Lucas Bólico/OD

Lessa confirma encontro com Pieroni e Árias e vai ao MPF esclarecer morte
O desembargador aposentado e secretário de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Inácio Dias Lessa, compareceu na tarde desta quinta-feira (19) ao Ministério Público Federal (MPF) para elucidar o que considerada um "depoimento leviano feito por uma pessoa com um passado criminoso”.


Lessa se refere à ex-escrevente do Fórum de Cuiabá, Beatriz Árias, que o citou como envolvido na farsa montada pelo empresário-lobista, Josino Pereira Guimarães, e pelo delegado Márcio Pieroni na tentativa de provar que o juiz Leopoldino Marques do Amaral, encontrado morto em 1999 após denuncias inúmeras irregularidades no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, estaria vivo e morando na Bolívia.

Em coletiva, Paulo Lessa negou todo e qualquer envolvimento possível no caso, embora tenha confirmado que se encontrou com Beatriz Árias por intermédio de Pieroni, mas sem saber que a ex-escrevente estaria presente.

O secretário explicou que a reunião ocorreu em 2006, quando ele presidia a Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM), em sua sala, por volta das 18h, a pedido do delegado, que "omitiu a presença de Beatriz Árias".

“Não me reuniria se soubesse que ela estaria presente”, relatou Lessa logo após prestar esclarecimento no MPF, na tarde desta quinta-feira. Na época, Pieroni apresentou ao então desembargador a hipótese de o juiz Leopoldino estar vivo, tese esta sustentada pela ex-escrevente, que hoje sustenta que tudo não passou de uma farsa.

“Como ainda haviam dúvidas a respeito da morte, devido ao fato de o corpo do juiz ter sido encontrado sem as digitais, carbonizado e com os documentos, outro exame de DNA foi pedido e acatado pelo Tribunal de Justiça”, justifica Dias Lessa.

Tal exame de DNA confirmou que o corpo encontrado em Concepción, cidade do Paraguai localizada na fronteira com o Brasil, era mesmo do juiz Leopoldino. “Depois disso tive certeza de que ele estava morto, acabaram as dúvidas”, asseverou Lessa.

Primeiro encontro de Lessa e Árias

Paulo Lessa e Beatriz Árias já haviam se encontrado anos antes, nos corredores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, segundo o secretário. “Eu não a conhecia quando ela me abordou pela primeira vez. Eu estava a caminho ao meu gabinete e ela me parou, dizendo ter um dossiê ao meu respeito”.

Na ocasião, segundo relatou Lessa, a ex-escrevente estava respondendo pelo processo que a afastou do serviço público e tentou chantageá-lo a fim de que ele evitasse a punição que ela acabou tendo. “Desde então, ela se tornou persona non grata. É uma pessoa com uma rica folha corrida de crimes prestados ao submundo".

Primeira Farsa

Desde 2006, o empresário e o delegado tentam armar uma farsa para "provar" que Leopoldino, estaria vivo. A revelação foi feita pela ex-escrevente do Fórum de Cuiabá, Beatriz Árias, única condenada pelo assassinado do juiz, que compareceu voluntariamente (sem ser intimada) na sede do Ministério Público Federal para contar a trama montada pela dupla (Josino-Pieroni).

A ex-escrevente revelou que, em 2006, foi procurada pelo delegado Márcio Pieroni para que fosse prestar um depoimento sobre o caso Leopoldino na delegacia. O pedido foi corroborado pela mulher de Josino.

Árias denunciou um encontro com Lessa na sede da Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam), no qual o, à época, o desembargador teria tentado convencê-la a fazer parte da fraude articulada por Josino Pereira Guimarães e pelo delegado Márcio Pieroni.

Segundo a ex-escrevente, em trecho da denúncia do MPF, o depoimento feito na Delegacia de Meio Ambiente, órgão no qual Pieroni estava lotado à época, possui trechos falsos, dentre eles, o que afirma o fato de o juiz estar vivo e morando na Argentina. Beatriz Árias também nega parte do depoimento montado por Pieroni, no qual consta que ele "tentou por várias vezes avisar as autoridades judiciárias da necessidade de se fazer um novo exame no cadáver do magistrado".

Atualizada às 01h56

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