A despeito do bate-papo entre o deputado federal Júlio Campos (DEM) e o suplente Edurdo Moura ter sido descontraído e em tom de galhofa, o parlamentar democrata contou um 'causo' histórico ao lembrar o caso do ex-deputado Antonio Correa. Lá pelos idos de 1978, lembra Campos, quando toda a bancada era governista e embarcava para Brasília (todas as segundas no voo 25 da Vasp, ele foi detalhista) e Antonio Correa, primeiro suplente, ia para o aeroporto 'acompanhar' de perto e 'secar' os parlamentares, que ficavam "encucados e cabreiros". "Na primeira reunião com o governador, que era Frederico Campos, nós da bancada falamos pra ele indicar um dos deputados federais para ocupar uma secretaria. O governador, ressalta Julinho, não entendeu direito e os deputados tiveram que explicar o comportamento 'macabro' de Antonio Correa de 'querer derrubar o avião com os olhos'. Dito e feito: Frederico Campos levou o deputado federal Afro Stefanini para a Casa Civil e Correa assumiu uma vaga na Câmara dos Deputados. "E ele (Correa), que andava barbudo e descuidado, chegou em Brasília com cabelo pintado, com gumex e toda alinhado. Ninguém o reconheceu de pronto, pois estava muito diferente", lembrou o irreverente Campos.