Em visita ao Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande (PSVG), o prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves percorreu todas as instalações incluindo o setor de urgência e emergência. Ele foi ver de perto a capacidade de atendimento a pessoas infectadas com a dengue.

Entre as pessoas atendidas estava Carlindo da Cunha, de 31 anos, morador na Vila Arthur. Ele estava com o bebê que recebeu os primeiros atendimentos, elogiou o atendimento. “Cheguei e fui logo sendo atendido”.

“Senti a necessidade de fazer essa visita, até como maneira de redobrar a vontade em ajudar. Por mais que o problema seja pontual, por mais que estejamos muito além de nossa capacidade de atendimento, nas rápidas palavras que troquei com as pessoas que dependem da rede pública de saúde que trazem seus filhos para ser atendidos. Temos que redobrar esforços, não só para atender os que aqui chegam, mas para evitar que a doença se alastre”, ressalta o prefeito.

Durante a visita, ele se reuniu com a secretária municipal de saúde, Jaqueline Guimarães e o superintendente da Fusvag, Jorge Lafetá. Eles traçaram as novas estratégias de combate a dengue.

Entre elas, foi a inauguração de 36 leitos destinados exclusivamente para atendimento à doentes da dengue. A nova ala está em funcionamento desde a última sexta-feira (10). São leitos para crianças e adultos.

Outro ponto discutido foi a ampliação do atendimento que atualmente está quatro vezes acima da capacidade. “Com a dengue, estamos fazendo 400 hemogramas por dia. Antes, era uma média de 120. Dos 126 leitos, temos 36 só para atender aos doentes da dengue”, frisa.

Ele ressalta que Várzea Grande é hoje o município que tem o maior número de leitos para o atendimento a doença. Para conseguir atender a todos, Lafetá lembra que está sendo necessário otimizar o atendimento o setor de emergência.

No último fim de semana, vieram pacientes de dezenas de municípios, inclusive de Pontes e Lacerda. Isso, compromete a qualidade no atendimento.

Outro problema discutido foi a falta de profissionais no mercado. O PSVG conta hoje com sete médicos em turno de 12 horas, sendo dois pediatras, dois clínicos gerais e dois cirurgiões. A falta de pediatras dificulta a ação contra a dengue. “Os hospitais do Estado estão com dificuldade em contratar pediatras. Não tem profissional no mercado”, assinala.

A secretária Jaqueline anunciou a chegada de 13 veículos de UBV pesado, os chamados “carros fumacês” que atuarão caso seja necessário. Ela lembra que está sendo avaliada a necessidade do uso do fumacê. “Estamos analisando a evolução do número dos casos”, frisa.

A secretária ressalta que nesta guerra contra a dengue, a participação da população é fundamental, uma vez que as pessoas podem remover lixos e águas paradas. “Temos várias secretarias empenhadas, mas a população deve ajudar também. Com isso, vamos evitar o uso do fumacê”.