O aumento acelerado dos casos de dengue em Cuiabá, tem refletido nos corredores do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), onde os atendimentos triplicaram. No entanto, o secretário municipal de Saúde, Luiz Soares afirma que o órgão tem tomado todas as medidas possíveis na tentativa de combater a doença que assola a capital mato-grossense.
Em entrevista ao programa “
Chamada Geral”, na manhã desta quinta-feira, Soares disse que o número de leitos nas policlínicas dos bairros, unidades de saúde também foram ampliados. Além disso, outros hospitais do município também estão abrindo leitos para assistência da população. “Não há mágica a se fazer e nem o que inventar. A saúde pública está trabalhando”, declarou ressaltou também que o período chuvoso está terminando e com isso a proliferação do mosquito e criadouros.
Já quanto a utilização do Ultra Baixo Volume, mais conhecido por “fumacê”, utilizado para combater o mosquito da dengue, o secretário alega que pode haver eficácia no período da seca, mas atualmente. Isso porque, segundo ele, a ação de combate serve para o mosquito na fase adulta e não para exterminar os ovos depositados e criadouros. Além o comportamento da população em face a utilização do fumacê também causa preocupação. “As pessoas podem acabar se acomodando e ocorrer o descuido para evitar a doença”, pontuou.
Até o momento foram registrados em Cuiabá, 32 casos de dengue hemorrágica, sendo 21 com complicação, e 63 estão sob investigação. No total são 116 casos graves na capital.
Mortes
Três pessoas já morreram vítimas da doença. Entre elas, Ana Laura Frederico Almeida Santos, de apenas sete anos, e que morava no bairro Verdão. O pai da menina, Melquisedeques de Almeida Santos (33) chegou a realizar um protesto para cobrar a Prefeitura Municipal e ainda um atendimento digno para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A garota morava em frente a uma piscina pública apontada como ponto de ploriferação do mosquito. No entanto, o secretário de Saúde informou na entrevista que o criadouro foi constatado na própria residência da menina.
Segundo ele, a equipe técnica da saúde realizou vistorias no local, como também fez bloqueio entre 200 metros e 400 metros das casas próximas a piscina. No entanto, nada foi encontrado e o laudo técnico confirmou o criadouro na casa da garota e da tia, que mora ao lado.
