Cerca de 40 policiais civis de Rondonópolis seguiram para Cuiabá para a assembléia da categoria que será realizada hoje (30), às 15 horas, na SAD, para avaliarem a proposta do governo pondo fim na greve que dura quase dois meses. “Se não tiver acordo, vamos parar 100%, vamos largar mão até dos plantões. Os delegados se quiserem, que assumam. Eles não ganham R$ 6 mil de produtividade e salário de R$ 12 mil?”, questionou um investigador de Rondonópolis.

Na última assembléia dos investigadores e escrivães na segunda-feira (29), eles decidiram que se o governo não apresentar uma tabela salarial satisfatória, eles iriam radicalizar. Um policial do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Rondonópolis comentou que ele não soube o que era greve. “Quem estava no expediente parou. Mas o plantão continuou normalmente. Eu nem sei o que era a greve porque continuamos no plantão cumprindo os 30%. Agora vamos parar de uma vez”.

Questionado sobre a possibilidade do aumento da criminalidade com a paralisação total da Polícia Civil, ele disse que este é um problema para o governador resolver. “Estamos esperando uma resposta positiva dele”.

Os policiais civis cobram um piso salarial inicial de R$ 3.460, para fazer jus às exigências de diploma de ensino superior para ocupar a função. Hoje a remuneração de início de carreira é de R$ 2.365. A proposta inicial da classe era equiparar os salários a dos peritos criminais, que tem salário bruto de R$ 5.300.

Em contrapartida, o governo ofereceu R$ 100 de aumento. A assessoria da Secretaria Estadual de Administração (SAD) informou durante o início do movimento grevista, que em quatro anos os policiais civis receberam 48,66% de aumento no subsídio pra início de carreira. Há quatro anos, os salários deles era em torno de R$ 1700. De 2008 a 2011, houve correção inflacionária de 22,21% do INPC, totalizando 70,87% de melhoria salarial nos últimos quatro anos.