Prefeitos de Mato Grosso estão pressionando os parlamentares federais no sentido de que haja um esforço a fim de garantir a liberação de emendas e restos a pagar do Orçamento Geral da União (OGU). Os chefes dos executivos municipais, há meses, tentam em vão destravar a liberação de recursos em ministérios e autarquias federais.

Para o presidente da Associação dos Municípios Mato-grossenses (AMM), Meraldo de Sá (PSD), o problema é a exiguidade de tempo, pois restam apenas pouco mais de 50 dias úteis até o prazo para liberação e empenho das emendas parlamentares.

Meraldo afirma ainda que a redução de recursos para os municípios com verbas provenientes da União atingiu apenas 10% em 2011. O orçamento federal para o estado de Mato Grosso é de R$ 700 milhões.

De acordo com o deputado federal Valternir Pereira (PSB), a presidente Dilma Rousseff tem agido dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas alguns municípios dependem somente desta fonte de renda.

“O governo tem travado a liberação de emendas. Entendemos a responsabilidade fiscal com que a presidente Dilma gerencia, e ela tem se mantido firme na gestão, mas em muitos casos os municípios pequenos dependem desses recursos como única fonte de investimento”, pontua o socialista.

Já para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), o governo federal tem que priorizar os investimentos nos municípios, pois as desigualdades entre as cidades de Mato Grosso são enormes.

“Nós temos que priorizar investimentos nos municípios porque o governo federal tem o lema de que país rico é país sem miséria. E muitos municípios de Mato Grosso têm desigualdades gritantes”, destacou o tucano.