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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Notícias | Educação

Para universidades americanas, nota alta em exame não é suficiente

Uma nota alta no SAT, exame americano que é usado pela maioria das universidades dos Estados Unidos como um dos critérios para o ingresso, não é garantia de aprovação na instituição. Outros fatores são levados em conta também. A prova, que é aplicada nacionalmente e até no exterior, serve de modelo para o Ministério da Educação reformular o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


“Além da nota, o perfil do estudante é analisado porque a instituição está atrás dos outros talentos que ele tem. Ele não é avaliado somente em um ou dois dias de prova, mas ao longo de um período", afirma Thais Burmeister Pires, coordenadora do Centro de Educação EducationUSA da Alumni, que é o centro oficial do governo americano para orientação de estudo nos EUA.

"Como as notas tiradas no high school, que equivale ao nosso ensino médio, são consideradas no processo seletivo, a preocupação em ir bem na escola começa desde cedo”, diz. Segundo ela, não existe uma nota de corte para o SAT, mas as universidades costumam colocar as médias obtidas pelos estudantes que foram admitidos.

O aluno pode fazer o SAT em qualquer momento. É possível, por exemplo, fazer a prova para testar o seu desempenho quando estiver no primeiro ano do high school, nível de escolaridade equivalente ao ensino médio brasileiro, só que com quatro anos de duração. Depois, o estudante pode refazer o exame para tentar melhorar a sua nota, que varia numa escala de 200 a 800. A validade do exame é de cinco anos.

"Em geral, os alunos fazem o SAT um ano antes de terminar o High School, porque as universidades começam a selecionar com bastante tempo de antecedência. E, se ele for esperar terminar a escola para fazer a prova, pode ficar para trás”

Para Thais, que trabalha com orientação de estudantes há 15 anos, esse sistema de processo seletivo é muito mais interessante e funciona melhor do que simplesmente se levar em conta uma única prova. “Acho que o novo Enem é o início disso e pode contribuir para uma reforma educacional, mas faz toda a diferença quando outros fatores são avalidos também.”

Uniformização

A ideia de ter um exame nacional como acontece nos Estados Unidos é positiva na opinião da educadora Eunice Durham, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo. No entanto, ela ressalva que uma prova única não contempla a diversidade de conteúdo que, segundo ela, o ensino médio deve ter.

“Não dá para uniformizar demais. Acho que é importante estabelecer conteúdos mínimos que todo estudante deve saber. Os alunos têm perfis e interesses diferentes. Eles deveriam poder escolher algumas disciplinas da prova para fazer, por exemplo.”
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