O procedimento de investigação que tramitava na Corregedoria Geral de Justiça de Mato Grosso, sob o comando do desembargado Marcio Vidal, para apurar a conduta de dois juízes e um desembargador na farsa sobre a morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, montada pelo delegado da Polícia Civil Márcio Pieroni para beneficiar o empresário Josino Guimarães, foi arquivada.

De acordo com o desembargador Márcio Vidal, o arquivamento foi resultado de uma decisão do Conselho da Magistratura e não da Corregedoria. Diante disso, os magistrados Mario Kono e José de Arimatéia, bem como o desembargador Pedro Sakamoto, que na época ainda era juiz ,não respondem a mais nenhuma investigação sobre o caso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Sakamoto e Kono foram citados nas investigações da Polícia Federal sobre a morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi engendrada pelo delegado Pieroni e pelo empresário.

Na época em que foi realizada a investigação sobre a farsa arquitetada pelo delegado para beneficiar Josino, que em novembro vai a júri acusado de ser o mandante do assassinato de Leopoldino, Kono e Sakamoto foram apontados pela PF por participação no processo.

Um dos magistrados foi acusado pela Justiça Federal de ter produzido provas nulas nas investigações comandadas por Pieroni, quando ainda era titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Já o juiz da Vara Criminal Especializada Contra o Crime Organizado, Contra a Ordem Tributária e Económica e os Contra a Administração Pública, José de Arimatéia, foi quem autorizou uma nova exumação da ossada de Leopoldino, a pedido de Pieroni. Foi após a tentativa do delegado de realizar novos exames na ossada do magistrado que iniciaram os trabalhos de investigação da PF sobre a farsa.