Um dos candidatos a sucessão no Sindicato dos Fiscais de Tributos Estaduais de Mato Grosso (Sinfate-MT), José Emetério, acredita que o escândalo do episódio denominado de “Máfia do Fisco” já é página virada, apesar de ainda ser um dos males que atinge a categoria. Ele pontua que se os trabalhos forem feitos com dedicação e coragem, poderão ser alcançados até o término do próximo triênio, que começa em 2012 e encerra em 2014.
“Estamos resgatando nossa imagem, nossas prerrogativas e funções e mostrando à sociedade a importância da nossa categoria. Sabemos que temos uma responsabilidade imensa, e que o desenvolvimento do nosso trabalho garante ao governador a capacidade de garantir à sociedade serviço essenciais, como saúde, educação e segurança pública”, explicou Emetério, em entrevista ao
Olhar Direto.
O candidato, que atualmente acumula as funções de fiscal e vice-presidente da atual direção do Sinfate, ressalta que há três anos a diretoria há anos se esforça ao máximo para desvincular a imagem dos FTE’s das pessoas envolvidas no esquema milionário de sonegação de impostos (Máfia do Fisco), desarticulado em 2005, que teria beneficiado as empresas City Lar e Móveis Gazin.
Emetério ressalta que todos responsáveis pelo esquema foram afastados e estão respondendo judicialmente. “Se eles são culpados, não sei. O que posso dizer é que lá é o fórum adequado para a defesa ou acusação de cada um. Somos mais de quatrocentos e não podem julgar toda a categoria de Fiscais de Tributos Estaduais pelo erro de meia dúzia”.
Sobre o embate que a categoria vem enfrentando com o Governo do Estado, o candidato a presidência pela chapa 02 - Força, Trabalho, Eficiência – ressalta que é o Executivo quem precisa manter as negociações com os fiscais, pois o sindicato sempre esteve aberto ao diálogo.
“Fizemos acordos salariais e na hora do governo cumprir fomos pegos de surpresa e apenas parte dele foi realizado. Se hoje colocarmos na ponta do lápis o nosso ganho salarial, verifica-se que estamos percebendo menos que antes da concretização do acordo com o governo”, asseverou o candidato.
Recentemente, os representantes do Grupo TAF (Sinfate e Siprotaf) se posicionaram contra o decreto 737/2001, do Governo do Estado, que prevê a incorporação plena da verba indenizatória ao salário. No ponto de vista das categorias, a atitude demonstra o descumprimento de alguns acordos firmados pelo Executivo.
Para os sindicalistas, a incorporação da verba ao salário, sem que o Grupo TAF fosse incluso na recomposição salarial de 6,47% efetuada pelo Governo do Estado em maio deste ano, gera uma perda de financeira para a categoria já que é descontado pelo imposto de renda e a previdência.