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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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ALASTRANDO-SE

Israel e Nova Zelândia confirmam primeiros casos de gripe suína

Foto: Greg Bowker/AP

Estudantes usam máscaras depois de terem sintomas de gripe em sua chegada dos EUA à Nova Zelândia

Estudantes usam máscaras depois de terem sintomas de gripe em sua chegada dos EUA à Nova Zelândia

Autoridades de Israel e Nova Zelândia confirmaram nesta terça-feira seus primeiros casos de gripe suína, aumentando o temor de que a doença respiratória --que matou 22 no México-- se torne uma pandemia --epidemia de vasto alcance geográfico, talvez mundial.


Nesta terça-feira, a Espanha confirmou seu segundo caso da doença, em um paciente hospitalizado em Valencia. A gripe suína foi confirmada também em dois casos no Reino Unido, 50 nos Estados Unidos e seis Canadá --onde, até o momento, não causou nenhuma morte. O surto mais grave está no México, epicentro da epidemia, onde as suspeitas de morte por gripe suína chegam a 149 e os afetados passam de 1.900. 

A OMS (Organização Mundial de Saúde) aumentou nesta segunda-feira o nível de alerta para quatro em uma escala de até seis, indicando que a gripe suína está espalhada em nível de comunidades e aumento significativo de risco de pandemia. O grau 5 é declarado quando há focos em mais de dois países de uma mesma região; e o 6, quando a pandemia é oficial. Essa escala da OMS foi feita em 2005 devido à gripe aviária.

Os mercados globais também reagiram à notícia de novos casos em Israel e Nova Zelândia e mostra temor de que uma pandemia pode acabar com os frágeis sinais de recuperação econômica.

O ministro de Saúde da Nova Zelândia anunciou que três das 11 pessoas de um grupo escolar que visitou recentemente o México estão efetivamente com a gripe suína. Outros 43 casos estão à espera do resultado dos exames de laboratório.

"Infelizmente esta noite confirmamos que vários neozelandeses deram resultados positivos para gripe suína", afirmou ministro da Saúde neozelandês, Tony Ryall, em uma entrevista coletiva.

Nove estudantes e um professor, que segundo as autoridades estão se recuperando do vírus, integravam um grupo de 25 pessoas de uma escola de secundária de Auckland que retornou do México no sábado passado (25).

"Com base nestes resultados, assumimos que todas as pessoas do grupo que deram resultado positivo nos exames de gripe do tipo A têm gripe suína", afirmou o diretor de Saúde Pública, Mark Jacbos.

As outras 11 pessoas afetadas continuarão sendo tratadas com o antiviral Tamiflu, remédio utilizado até o momento para combater o vírus influenza A, e permanecerão isoladas em suas casas até o fim do tratamento, segundo as autoridades.

Israel

Em Israel, Tomer Vayim, 26, também voltou recentemente do México. Segundo a porta-voz do Ministério de Saúde, Einav Shimron, ele é o primeiro caso confirmado da gripe no país e está em boas condições. "Ele foi hospitalizado e está sob observação".

Vayim informou de seu estado aos médicos e lhes comunicou que tinha retornado do México na semana passada, por isso temia sofrer da gripe suína, informa a imprensa local. 

imprensa critica ainda que, apesar de suas advertências e das instruções do Ministério da Saúde, Vayim dormiu a primeira noite em um corredor do Hospital Laniado, o que desperta temores de que a doença tenha se propagado.

"Apesar de termos dito que ele vinha do México, na primeira noite o fizeram dormir no corredor do hospital", disseram seus irmãos à edição eletrônica do jornal "Yedioth Ahronoth". "Nem sequer lhe deram uma máscara, o que ele pediu porque não queria contagiar outras pessoas", denunciaram.

Um segundo caso de possível contágio está sendo investigado em um hospital próximo, na cidade de Kfar Saba. O Ministério da Saúde israelense aumentou nas últimas horas de 3 para 4 o nível de alerta, seguindo as recomendações da OMS.

Espanha

A ministra espanhola da Saúde, Trinidad Jiménez, anunciou nesta terça-feira um segundo caso humano de gripe suína, desta vez em Valencia (leste do país), em um homem que retornou de viagem do México.

"O paciente está em observação e evolui favoravelmente", declarou a ministra à imprensa.

A vítima estava em um grupo de 26 casos suspeitos registrados até a noite desta segunda-feira em diversos pontos da Espanha e era acompanhado por uma equipe médica.

O primeiro caso europeu de gripe suína foi detectado nesta segunda-feira na Espanha em um jovem que também viajou ao México, foco inicial da doença.

Viagem

O fato da maior parte dos infectados pelo mundo terem retornado recentemente de visita ao México fez os países ampliarem as '[restrições]": de viagem aos lugares com focos da doença.

No Japão, onde ainda não há registros de casos, governo anunciou que vai endurecer a concessão de vistos para cidadãos mexicanos. Empresas do Japão que operam no México recomendaram a seus funcionários japoneses que deixem o país.

Na China, o governo vai inspecionar as fazendas de porcos.

Nos EUA, embora ao menos 50 casos da doença já tenham sido confirmados em cinco Estados --28 em Nova York, 13 na Califórnia, seis no Texas, dois em Kansas e um em Ohio, o governo recomendou aos cidadãos que evitem viajar ao México.

Em aeroportos, portos e fronteiras terrestres dos EUA, os funcionários começaram a interrogar os viajantes e a examinar os que apresentam sintomas de gripe, informou a chefe do departamento de Segurança Interna, Janet Napolitano. Algumas escolas tiveram as aulas suspensas na cidade de Nova York, e nos Estados do Texas, da Califórnia, da Carolina do Sul e de Ohio.

O governo britânico também aconselhou seus cidadãos a evitarem viagens ao México, ao menos que sejam essenciais. O ministério de Relações Exteriores disse que britânicos que vivem ou que pretendam visitar o México devem considerar permanecer no Reino Unido. Há dois casos confirmados de gripe suína na Escócia.

Na França, as autoridades aconselharam "seriamente" os cidadãos a evitarem as viagens ao México.

As restrições a viagens e os efeitos de uma epidemia podem agravar a situação econômica do México, país atingido fortemente pela crise financeira global. Desde o ano passado, o peso teve uma grande desvalorização em relação ao dólar, e o país recorreu neste mês a uma linha de crédito de US$ 47 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional) para garantir o valor da sua moeda e afastar os temores sobre a queda das reservas nacionais.
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