Não durou nem 100 dias. Inaugurado com muita ‘pompa’ pela extinta Agecopa (Agência Executora das Obras da Copa de 2014), o painel que fazia a contagem regressiva para o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014 foi desativado pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa). O plano agora é licitar um equipamento mais barato.
O aluguel do calendário regressivo referente a um período de apenas 60 dias saía por nada menos que R$ 74 mil, ou seja, a diária do equipamento ultrapassa o valor de R$ 1.200. O cronômetro regressivo havia sido inaugurado no dia 16 de setembro, data em que todas as cidades-sedes fizeram o mesmo para marcar os últimos 1000 dias que faltavam para o mundial começar. No entanto, a aparelhagem escolhida pela extinta Agecopa tinha um custo bem salgado, o que inviabilizou a renovação do contrato de aluguel.
A aparelhagem foi instalada no auge da crise que culminou com a derrocada da autarquia. O evento de inauguração ocorreu, inclusive, instantes após uma das últimas reuniões entre o governador Silval Barbosa (PMDB) e os protagonistas da tensão, Eder Moraes e Carlos Brito, que até então eram presidente e diretor de infraestrutura da autarquia, respectivamente.
Na inauguração, o relógio foi descerrado, em um evento que contou com a participação dos então diretores da Agecopa, do prefeito de Chapada dos Guimarães, Flávio Daltro (PP), também o deputado federal Eliene Lima (PSD) e o secretário-extraordinário de Estado de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo.
“Este relógio é mais um fiscal das obras da Agecopa, mas é um fiscal do bem”, brincou o Eder Moraes Dias na ocasião.
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