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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Cuiabá 2014

Implantação do VLT foi rejeitada por parecer da Controladoria da União

O projeto de implantação do VLT teria sido reprovado pela Controladoria-Geral da União (CGU), cuja conclusão deixou claro que as obras...

O projeto de implantação do VLT teria sido reprovado pela Controladoria-Geral da União (CGU), cuja conclusão deixou claro que as obras não ficariam prontas até a data de realização da Copa do Mundo. O relatório da CGU é datado de 8 de setembro deste ano, mesmo dia em que a pasta produziu uma nota técnica forjada para respaldar a proposta da mudança.


A denúncia de adulteração de documentos para a mudança da matriz de responsabilidade do projeto de mobilidade urbana de Mato Grosso para a Copa 2014, de BRT (Bus Rapid Transit) para VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) – R$ 700 milhões mais caro que a matriz anterior – veio à tona nesta quinta-feira (24), e hoje (25) teve continuidade com a divulgação deste parecer da CGU.

As informações são do jornal O Estado de São Paulo, que trouxe matéria com denúncia de que a CGU fez um alerta de que o governo de Mato Grosso omitira informações sobre os gastos com a obra do VLT, orçada em R$ 1,2 bilhão, no mínimo R$ 700 milhões a mais do que a proposta original, que previa a implantação do modal BRT. A controladoria avalia ainda que a troca do BRT pelo VLT foi "intempestiva", isto é, inoportuna

A reportagem publicada pelo Estado de São Paulo nesta quinta-feira(25) relata que um documento forjado pela diretora, com autorização do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, adulterou o parecer técnico que vetava a mudança do projeto do governo de Mato Grosso, que preteria a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) preferindo construir o modal Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

Contudo, a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiz Gomide de Faria Vianna, em entrevista coletiva concedida na tarde de ontem (24), negou que tenha havido pressão para alterar o parecer técnico do projeto de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT).


Confira a matéria da íntegra a matéria desta sexta-feira

Operada de maneira fraudulenta no Ministério das Cidades, conforme revelou o Estado na quinta-feira, 24, a mudança do projeto de mobilidade urbana de Mato Grosso para implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi reprovada pela Controladoria-Geral da União em relatório datado de 8 de setembro deste ano, mesmo dia em que a pasta produziu uma nota técnica forjada para respaldar a proposta.

A CGU alerta que o VLT não deve ficar pronto até a Copa do Mundo de 2014 e que o governo de Mato Grosso omitiu informações sobre os gastos com a obra do VLT, orçada em pelo menos R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que a proposta original, um linha rápida de ônibus (BRT). A controladoria avalia ainda que a troca do BRT pelo VLT é "intempestiva".

A análise da CGU tem pontos coincidentes com a primeira nota técnica do ministério que era contrária ao VLT, mas que foi adulterada pela equipe do ministro, Mário Negromonte, para favorecer o projeto de interesse do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), em Cuiabá.

Um estudo incluído no relatório da CGU mostra também que o VLT de Cuiabá pode ser um dos mais caros do mundo, superando obras iguais na França e nos Estados Unidos.

A análise da CGU - relatório de número 2344 - foi feita a pedido do Ministério das Cidades e consta do processo da pasta que culminou na mudança do projeto de Cuiabá, cidade-sede da Copa, por meio de um documento forjado pelo chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Peixoto, e pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Vianna. Ou seja, o ministério deu aval a uma obra na qual o órgão de controle do governo federal apontou sérios problemas de avaliação, planejamento, preço e execução.

O parecer da CGU foi enviado ao secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima, pela diretoria de auditoria de Infraestrutura do órgão de controle.

No texto, a controladoria afirma: "Quanto ao cronograma previsto para implantação e início de operação do VLT, esta controladoria o considera por demais otimista, haja vista que algumas fases que podem ter grande impacto nos prazos de implantação não foram devidamente consideradas. Dessa forma (...), constata-se que o cronograma já se encontraria inviabilizado com vistas ao evento da Copa".

A CGU ressalta que a proposta original do BRT é mais "madura" porque já havia sido aprovada pelo governo federal, além de os contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal terem sido assinados.
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