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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Riva visita unidades de saúde e defende aporte de recursos para municípios

Como medida emergencial para estancar a crise que se instalou na saúde pública de Mato Grosso, em especial, para desafogar os prontos socorros de Cuiabá e Várzea Grande, que recebem pacientes do interior, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD) sugeriu o aporte de recursos do Governo do Estado para os municípios. Para Riva, a gestão compartilhada entre estado e prefeituras, aliada a reestruturação dos postos de atendimento, podem melhorar o sistema público de saúde, um dos maiores desafios dos poderes constituídos.


Nesta sexta-feira (25), acompanhado do prefeito da Cidade Industrial, Tião da Zaeli e vereadores, Riva percorreu o Pronto Socorro Municipal e o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, para verificar in loco a situação dessas unidades de saúde, e depois discutir soluções junto ao Governo do Estado. O hospital, que é estadual, está sendo administrado pela OSS, Instituto Pernambucano de Saúde. Enquanto que médicos e servidores do PSVG não concordam com a terceirização dos serviços, conforme prevê o governo.

Riva defende a destinação de 10% dos recursos que o estado vai obter através de empréstimos para a adequação da Capital à Copa do Mundo, para a construção de um hospital público com pelo menos 300 leitos e para a conclusão das obras do hospital central, onde poderá ser um hospital infantil. Riva também defende a instituição do prontuário único de saúde para facilitar o atendimento de pacientes que aguardam na fila os procedimentos mais complexos. “O sistema de saúde tem que funcionar integrado com os prontos socorros. O paciente não pode ficar três, quatro meses dentro do pronto socorro a espera de cirurgia”, alertou.

Também questionou sobre a política adotada pelo Governo de contratar as Organizações Sociais de Saúde para atender alguns municípios, é o caso de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Cáceres, Rondonópolis e Sorriso. A preocupação, segundo ele, esbarra no tratamento desigual com os profissionais do SUS, já que as OSS recebem três vezes mais a tabela do SUS, inviabilizando o setor.

“Será que as OSS têm condições de atender todo Mato Grosso? Se for apenas para uma parte da população teremos dois cidadãos: um das OSS e outro do SUS”, criticou, ao destacar os R$ 135 milhões que estão previstos para OSS no orçamento de 2012. Segundo Riva, é um dinheiro que poderia ser aplicado no SUS para trabalhar o aperfeiçoamento do sistema de gestão.

De acordo com o diretor clínico do PSVG, Glen Arruda, os servidores da unidade são contrários a implantação de OSS na unidade. E que as dificuldades de trabalho existem pela falta de recursos suficientes para atender os 12 mil pacientes por mês, 650 internações e 200 cirurgias. “Fechamos o mês com déficit de aproximadamente R$ 700 mil”.

O prefeito Zaeli informou que independente da terceirização do PSVG ou não, é preciso continuar trabalhando para melhorar o atendimento ao cidadão. Mas, reconheceu que ainda falta o convencimento de que a terceirização é a melhor opção. Zaeli garantiu que com o repasse do governo e a reforma administrativa que vem sendo feita no município será possível melhorar a saúde pública de Várzea Grande.

METROPOLITANO - Durante a visita no Hospital Metropolitano, o diretor clínico, José Carlos Nascimento disse que as metas estão sendo alcançadas. Das 439 altas previstas, 475 foram feitas somente no mês passado. Com 72 leitos para internação, o hospital é referenciado e atende somente pacientes encaminhados pela Central de Regulação que necessitam de atendimentos de ortopedia de média e alta complexidades. “Enfrentamos grandes dificuldades para ter o encaminhamento por parte da Central de Regulação. Contudo, nossa infraestrutura e capacidade operacional estão à disposição”, disse Nascimento.

Ele explicou que em alguns casos, o paciente é devolvido aos prontos socorros se tiver “débito neurológico e vascular porque não têm especialistas”. Nascimento esclareceu ainda que essa unidade deve ser considerada um novo conceito de saúde em Mato Grosso e não vai resolver a questão de leitos, pois é uma das retaguardas para receber pacientes ortopédicos e de cirurgia geral.

Além de percorrer as principais alas do Pronto Socorro, a comitiva também esteve nos seguintes setores do Metropolitano: Colonoscopia, Brancoscopia, Laudos, Bloco Cirúrgico, UTI, Enfermarias e Isolamento.
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