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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Unificação do vestibular gera polêmica e traz preocupações

Foto: Reprodução

Unificação do vestibular gera polêmica e traz preocupações
Acontecerá na próxima terça-feira ( 5 ), às 8h, no Teatro Universitário, o debate na UFMT sobre o vestibular unificado, articulado pela Associação dos Docentes da UFMT/ANDES-SN. A questão saber se   UFMT vai aderir ou não a este novo modelo.

 
O assunto tem gerado uma grande polêmica, não só dentro das universidades de todo o país, mas também nos cursos vestibulares e nas escolas de modo geral. Além disso, é uma preocupação dos pais de alunos candidatos a uma vaga no  ensino superior. O assunto está  mexendo com a vida de muitas pessoas e com a educação de modo geral.

No entanto, a decisão sobre a mudança no vestibular veio de Brasília. Não houve um debate prévio com as comunidades acadêmicas. A equipe da educação do governo Lula entendeu que o modelo vigente de vestibular não funciona. E que é preciso mudar.Essas mudanças  estão embutidas em um pacote maior, que é o REUNI (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).
 
Esse programa implica na ampliação de vagas nas universidades federais. O que a princípio, lógico, é bom. Acontece que não há uma política clara de ampliação estrutural das federais, para receber essa nova clientela. já estão ocorrendo escassez de professores e sobrecarga para os que já estão atuando.   O risco é que o governo entulhe alunos nas federais e não dê condições estruturais para que eles sejam de fato formados. O risco é ainda de um programa ter foco em resultados eleitorais, como o de mascarar a baixa entrada de jovens nas universidades. O risco, por fim, maior é o sucateamento das federais, o que já vem ocorrendo em outros processos, como é público e notório.

As mudanças no vestibular chegaram como uma "avalanche" sobre a comunidade acadêmica, que não refletiu coletivamente e abertamente sobre o assunto. Há, portanto, o risco de uma decisão "a toque de caixa" patrolar, mais uma vez, o processo democrático dentro da UFMT.

"O assunto, de tamanha importância, não foi discutido, não pode ser imposto, e, inclusive, fere a autonomia das universidades públicas e possivelmente vai prejudicar alunos em seus estados. Temos que parar com essa ditadura velada imposta pelos orgãos constituídos. Queremos é um amplo debate sobre o assunto", defende o presidente da Adufmat, Carlinhos Eilert, se posicionando pelo adiamento da decisão até que haja o devido debate.

O REUNI, assim como o ProUni, que abre vagas em faculdades particulares, preocupam a quem defende o ensino superior, público, de qualidade, laico (sem opção religiosa). No caso do ProUni o governo favorece a escolas particulares, ao invés de investir nas públicas.

Quem vai decidir se a UFMT vai entrar nesse modelo é o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), órgão deliberativo superior da universidade. O Consepe se reuniu extraordinariamente no último dia 22, após o feriado de Tiradentes, às 13h30, no campus de Cuiabá, para tratar de uma pauta única: o sistema de seleção unificada. Mas por perceber a pressão que vem da comunidade acadêmica preocupada com a questão, e sem entender ainda o que isso tudo vai gerar, adiou a decisão para o dia 11 de maio.A Adufmat não tem assento no Consepe. A representação dos docentes se dá por meio de membros de cada um dos institutos e pelas classes de auxiliar, assistente, adjunto, associado e titular.



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