Quem quis pegar a rodovia Emanuel Pinheiro no final da tarde desta sexta-feira (13) teve de esperar um pouco mais que o convencional. Isso porque a família de José Laurentino Medeiros, morto recentemente em um acidente no local, parou o trânsito no local para pedir a retirada dos blocos de concreto que dividem as vias e causaram o acidente do motoqueiro.

“Meu irmão estaria vivo se não fossem esses blocos assassinos ai”, afirmou Erika Medeiros, irmã de Laurentino. “Ele foi trancado por um carro e não pôde desviar-se por causa desses blocos. Ele acabou batendo e teve o pulmão perfurado”, lamentou.

O vereador Antonio Fernandes (PSDB), que já entrou na Justiça para pedir a retirada dos blocos, também participou da manifestação. Segundo o tucano, é uma  irresponsabilidade do governo do Estado deixar aquele material na pista. “Isso é irresponsabilidade, quantas pessoas mais vão precisar morrer para resolverem isso?”, questionou.

Muitas crianças e jovens também participaram do ato. Alguns motoristas chegaram a apoiar o movimento, mas a grande maioria, principalmente os motociclistas, ficaram bastante irritados e tentaram furar o bloqueio.

Os manifestantes liberavam a pista de vez em quando para aliviar o tráfego e aplaudiam os motoristas que passavam pela tolerância, mas logo a polícia chegou e começou a cronometrar o tempo em que a pista seria bloqueada. Ficou estipulado que a cada cinco minutos a pista seria liberada e depois voltaria a ser fechada.

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