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Sábado, 18 de maio de 2024

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Operação Vespeiro

Estudantes foram cooptados como "laranjas" em esquema de desvio de recursos da Conta Única do Estado

Foto: Renê Dióz/OD

Estudantes foram cooptados como
A Polícia Civil interrogou na manhã desta quinta-feira (31) dois estudantes apontados como “laranjas” do esquema de desvio de recursos públicos na ordem de R$ 12,9 milhões da Conta Única do Estado.


Em depoimento de aproximadamente quatro horas de duração, os irmãos Antônio Oliveira de Moraes e Nagafe de Oliveira Martins admitiram ter concedido, de boa fé, suas contas bancárias para o ex-servidor terceirizado da Secretaria de Fazenda (Sefaz), Edson Rodrigo Ferreira Gomes, o qual confessou à Delegacia Fazendária (Defaz) ter participado das fraudes que lesaram o erário.

Edson utilizava as contas para movimentar quantias desviadas do erário, como o próprio já explicou à polícia. Cerca de R$ 380 mil teriam sido movimentados por meio das contas dos dois, mas a cifra não foi confirmada.

Antônio é técnico em mecânica e Nagafe trabalha com programação de um site em Rondonópolis, onde os dois dividem uma casa. Ambos são estudantes de graduação na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT, no campus de Rondonópolis) e tinham relação de amizade com Edson Rodrigo desde que se conheceram, por ocasião de uma campanha política na qual trabalharam distribuindo panfletos.

Assim como ocorreu com várias pessoas cooptadas por Edson e que acabaram figurando como investigadas pela polícia no caso da Conta Única, Antônio e Nagafe foram ludibriados com o pretexto de que o amigo precisava receber créditos do governo por serviços extras prestados à Sefaz. Eles não tinham noção da quantia que seria movimentada, tampouco de sua origem (os valores eram desviados da Conta Única por meio de fraudes ao sistema de pagamento online BB PAG, utilizado pela Sefaz).

A apresentação dos dois à Defaz foi requerida pela polícia, mas eles não foram intimados para tal. Antônio e Nagafe chegaram à sede da Defaz acompanhados da defensora pública Fernanda Maria Cícero de Sá Gomes; eles recorreram aos serviços da Defensoria por não terem condições de pagar por um advogado.

Detalhe: logo que o escândalo da Conta Única estourou e Edson percebeu que os nomes dos dois, além do seu, seriam apontados como de “laranjas” cooptados, ele chegou a procurar os dois oferecendo-se para pagar pelos serviços advocatícios, mas os irmãos recusaram a proposta.

Acompanhados também pela mãe, eles chegaram nervosos à Defaz na manhã desta quinta-feira (31). Aparentando constrangimento, afirmaram ser trabalhadores, pediram para não terem seus rostos fotografados e alegaram que nunca tiveram de comparecer a delegacia alguma – a não ser para retirar certidões negativas.
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