O contabilista Silvan Curvo acaba de encerrar o depoimento prestado à delegada Cleibe Aparecida de Paula. Irmão de Magda Mara Curvo Muniz, ex-coordenadora de Controle da Conta Única do Estado, Silvan confessou participação no esquema de desvio de verba junto à irmã, apontada como principal articuladora das fraudes responsáveis pelo rombo.

Ele atuou no desvio de R$ 6 milhões e cooptou 11 pessoas para servirem como beneficiárias e laranjas. Silvan saiu da sede da Delegacia Fazendária direto para a Polinter, a fim de cumprir mandado de prisão temporária expedido pela Justiça no âmbito da Operação Vespeiro. O mandado vale por cinco dias prorrogáveis. Os advogados de defesa ainda tentam obter a revogação da prisão.

Nem ele nem o advogado Mário Sá quiseram dar declarações à imprensa, mas a delegada informou que, em seu depoimento, Silvan confirmou que Magda solicitou a ele nomes para servir ao esquema.

Assim que se fazia cada repasse de recursos desviados da Conta Única, Silvan ficava com 10% do valor, o beneficiário com outros 10% e os 80% restantes eram embolsados por sua irmã Magda. Edilza Curvo, esposa de Silvan, já havia confessado o esquema.

A delegada também afirmou que muitos dos nomes apontados até o momento como laranjas do esquema eram, de fato, beneficiários do dinheiro desviado. Tais pessoas não seriam, em resumo, tão inocentes quanto se pensa.

Já no que diz respeito à irmã, Silvan atribuiu a ela o papel de mentora de todo o esquema investigado, em consonância com as declarações do ex-servidor terceirizado da Conta Única Edson Rodrigo Ferreira Gomes, que também confessou participação nas fraudes.

“Magda tinha habilidade e conhecimento técnico suficiente para engendrar todo esse esquema que foi praticado em desfavor do Estado de Mato Grosso”, confirmou a delegada.




Mais informações em instantes / Primeira atualização às 17h53. / Segunda atualização às 11h de 02.06