O prefeito em exercício de Rondonópolis, Ananias Filho (PR), assumiu o comando do município colocando em risco mais uma provável reeleição nas eleições deste ano. Mas se entrou no jogo, não veio para perder e nem para brincar. O primeiro passo depois que se sentou na cadeira de prefeito, além de administrar a cidade foi dar cada passo rumo às eleições indiretas como se estivesse diante de um imaginário jogo de xadrez.

Dos 12 vereadores, calcula-se que já tenha votos favoráveis dos quatro vereadores do PMDB: Adonias Fernandes, Miltão, Dr. Manoel (cuja esposa, Valéria Bevilaqua, é vice na chapa de Ananias) e Fulô; três vereadores do PR: Zé Marcio Guedes, Olimpio Alvis e Hélio Pichioni; além dos parlamentares Cido Silva (PP) e Reginaldo (PPS).

Devem apoiar Mohamed Zaher (PSD), os outros dois vereadores da sigla João Gomes e Milton Mutum. Sem nenhum representante na Câmara Municipal, dificilmente o petista Juca Lemos conseguirá algum voto dos parlamentares.

Aos poucos, Ananias Filho foi dando cada vez mais espaço aos vereadores dentro da prefeitura, dividindo as atenções, conclamando publicamente para parceria. Se Pátio era duramente criticado por ser centralizador demais e não ter hábito de ouvir, Ananias abriu, e muito, espaço aos antigos colegas de Câmara.