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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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divisão perigosa

PPS e PR estão 'rachados' entre apoiar ou não Mauro Mendes

Foto: Reprodução

PPS e PR estão 'rachados' entre apoiar ou não Mauro Mendes
Lideranças do PPS (Partido Popular Socialista) e do PR (Partido da República) estão literalmente divididas entre apoiar ou não o projeto político do empresário Mauro Mendes (Bimetal), do PSB, em disputar o cargo de prefeito de Cuiabá nas eleições de outubro, na sucessão de Chico Galindo (PTB), segundo informaram fontes de ambas as siglas, no final da noite deste domingo, para o Olhar Direto.


No PPS, o descontemento é visível e tornou-se crônico após Mendes ter aberto conversações com PR e PMDB, partidos que foram extremamente críticos contra o Movimento Mato Grosso Mais Forte, formado pela sigla pepesista, PV, PDT e PSB. Já os líderes do PR não concordam com as negociações "de bastidores e de cima pra baixo" conduzidas pelos caciques republicanos.

"Estamos sob intervenção do diretório regional. Um ato bem típico da ditadura. Acho que está faltando percepção política e senso crítico ao colega Percival [Muniz, presidente da executiva estadual]. Nós já demos nosso apoio ao Mauro em duas ocasiões, apesar de todo desgaste e do tratamento arrogante e propotente dispensado a muitos de nós. Não vamos aceitar imposições", desabafou um líder pepesista.

Uma segunda fonte do PPS também confirmou que o "descontentamento" tornou-se mais amplo por causa das negociações abertas por Mendes com "alienígenas", vindas de partidos fora do arco do "Movimento" (composição formada pela sigla pepesista, PV, PDT e PSB), que foi formado e "vem sofrendo" desde 2008.

Procurado por telefone pelo Olhar, o presidente do PPS em Cuiabá, Wagner Simplício, afirmou que "amanhã [segunda] poderá falar com mais segurança" e propriedade sobre o processo interno no partido. Ou seja: Simplício preferiu se esquivar.

Também por telefone, o presidente da executiva estadual do PPS, deputado Percival Muniz, também confirmou o processo intervencionista, mas alega que "a executiva nacional tem pleno conhecimento" do que se passa em Cuiabá. "Nós pedimos uma apuração a respeito das denúncias envolvendo alguns colegas do partido que estariam envolvidos no escândalo do desvio de dinheiro do Estado, mas a resposta não foi dada como esperávamos", ponderou Muniz.

Nos bastidores do PPS, o clima não é bom e a intervenção acabou por expor as divergências entre alguns líderes da Cuiabá e a direção regional. Há quem sustente que os descontentes "trucaram" o jogo e passaram a defender a tese de "tumultuar" o processo interno e atrelar a intervenção à questão política – leia-se confirmação do apoio a Mendes.

No PR, o clima não deixa de ser menos tenso. Algumas lideranças não escondem a "insatisfação" das conversações abertas pelos "caciques republicanos" com Mauro Mendes.

"Não podemos e nem devemos aceitar isso goela abaixo. O PR tinha candidatura própria, mas foi atropelado  por um processo nada republicano em tenebrosas transações", salientou uma das lideranças ouvidas pelo Olhar Direto, no final deste domingo.

O candidato do PR era Francisco Vuolo, ex-secretário estadual de Logística. Nos bastidores, segundo os descontentes, a "puxada de tapete" foi orientada pelo senador Blairo Maggi. Para os mais próximos, Vuolo disse que viu "uma armação" nas negociações e apontou o dedo para o deputado estadual Emanuel Pinheiro, que endossou o nome do deputado estadual João Malheiros para também ser o candidato a prefeito do PR.

Para alguns republicanos, o racha pode ser "creditado" a Pinheiro e ao senador Blairo Maggi. O primeiro teria estimulado Malheiros a entrar na disputa pelo cargo de vice numa eventual aliança com o candidato socialista enquanto Maggi está sendo "responsabilizado" por articular a retomada de conversações com Mendes.




Segunda atualização às 09h56

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