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Domingo, 05 de maio de 2024

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DIREITOS HUMANOS

Entidade denunciará governo de MT na OEA por assassinato do estudante Toni

Foto: Reprodução

Entidade denunciará governo de MT na OEA por assassinato do estudante Toni
O governo de Mato Grosso será denunciado à Comissão de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) e a outros organismos internacionais por conta da decisão do comando da Polícia Militar de inocentar os dois policiais que participaram do assasssinato do estudante africano Toni Bernardo da Silva, em setembro do ano passado.


A coordenadora geral da Unegro (União dos Negros pela Igualdade) do Distrito Federal, Santa Alves, informou que a entidade está mobilizando outras organizações para a formulação conjunta da denúncia contra o governo de Mato Grosso.

“Já estamos mantendo contato com outras entidades do movimento negro e com entidades do movimento social para uma manifestação conjunta perante a OEA e sua Comissão de Direitos Humanos”, disse a coordenadora.

Segundo nota divulgada pela assessoria da entidade, Santa Alves vem acompanhado o caso desde o começo e foi uma das mobilizadoras das denúncias que entidades de Brasília fizeram sobre o assassinato de Toni Bernardo ao governo federal e no Congresso Nacional.

Ela recorda ainda que, à época, houve muitas promessas de que o crime não ficaria impune, “mas, pelo visto, não estão se concretizando. Só nos resta denunciar internacionalmente”, afirmou.

A coordenadora da Unegro-DF lembra que a Comissão de Direitos Humanos da OEA mantém uma forte vigilância em relação à agressão aos direitos humanos nas Américas, inclusive no Brasil.

“O que aconteceu com o estudante Toni foi um crime bárbaro que atinge não apenas os negros, mas também toda a humanidade. E a resposta que o governo de Mato Grosso dá é, no mínimo, vergonhosa, sem falar no absurdo de desprezar a condição humana”, afirmou.

A Polícia Militar de Mato Grosso, acrescentou a dirigente da Unegro-DF, “se moveu por um corporativismo criminoso”, colocando o governo do Estado “numa condição cúmplice do assassinato do estudante africano”.

Para ela, a imagem da Polícia Militar sai “profundamente arranhada desse episódio”, mas a responsabilidade “é do governo do Estado, à qual a corporação está subordinada”.

Cidade sem Lei

A dirigente da Unegro-DF lembrou que a cidade de Cuiabá será sede da Copa do Mundo em 2014 e que episódios como este podem inclusive prejudicar esta condição de cidade-sede.

“Tivemos notícias recentemente de que policiais militares, sem farda, em outro local de entretenimento, agrediram violentamente dois turistas argentinos, que só não foram mortos por sorte de não terem sido atingidos em órgãos vitais. Esta é a imagem que a Fifa e o resto do mundo querem ver de Mato Grosso? Estes policiais são os homens que farão a segurançados turistas que virão para a Copa?”, questionou ela.

O estudante Toni Bernardo foi assassinado pelos dois policias e um empresário em frente a uma pizzaria em Cuiabá. No violento espancamento, Toni teve a traquéia rompida e morreu por asfixiamento.



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