Um grupo de 200 artistas cobrou nesta tarde do governador Silval Barbosa (PMDB) e seus auxiliares o pagamento do calote de programas culturais no valor de cerca de R$ 6 milhões. Parte dos recursos não foram pagos deste o início do ano e outra parcela, menor, de artistas plásticos, não receberam R$ 76 mil que era para ser quitado em maio, segundo o compositor e cantor Guapo. Artistas reclamam que dinheiro de incentivos e isenção fiscal são repassados para o governo e os artistas não são pagos.
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De acordo com o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), que participou da reunião, amanhã ou quarta-feira haverá uma posição do governo. Os artistas se reunirão com o secretário de Planejamento, José Botelho Prado, e deverá ser encaminhada solução para a dívida. Artistas reclamam que as ações culturais foram planejados na gestão do ex-secretário de Cultura e atual candidato a vice-prefeito de Mauro Mendes (PSB), João Malheiros (PR).
O ator André D´Lucca foi porta-voz dos artistas que cobrou valor, segundo ele, de cerca de R$ 6 milhões relativo ao Programa Intercâmbio Cultural, tocado pela Secretaria de Cultura. O governador deu garantia que o débito será saldado até dia 30. Ele diz que o governador desconhecia a realidade.
"Estou sem receber desde o início do ano. Eu expliquei para ele que além de receber, a gente quer respeito. Assim como ele e os outros deputados a gente tem família, tem filhos. A gente trabalhou a gente quer receber", atesta.
"A gente quer saber sobre o fundo 104 (da cultura). Ele não sabe o que está acontecendo com o fundo 104. A Rede Cemat repassa a verba e desaparece, e ninguém sabe onde está o dinheiro da fonte 104", denuncia. "Geralmente, parece que depositam R$ 700 mil por mês. Então, acredito que R$ 6 milhões desapareceram e não foram repassados para a classe", explica o ator.
"O governador diz desconhecer essa situação de 200 artistas, que deram aula, prestaram serviço e não receberam este ano", reforça.
Ele diz que o grupo deve ter uma posição do governo amanhã. Enquanto isso, artistas já vivem dificuldades." Sei que tem gente com aluguel atrasado, luz cortada e não tem dinheiro nem para pegar ônibus. Graças a Deus eu tenho outra fonte de renda, não dependo dessa verba. Mas eu quero receber", cobrou. "O que pedi para o governador é que queremos respeito, a classe artística quer ser respeitada", informa.
Ele ainda informou haver outros recursos não pagos que não sabe detalhar.