Enquanto a presidente Dilma Rousseff anuncia um pacote de estímulos ao setor energético que representará, a partir de janeiro de 2013, redução de 16,2% na conta de energia elétrica do brasileiro e de até 28% para a indústria, os matogrossenses terão que amargar desde já um aumento de 9,54% na tarifa.
A confirmação do reajuste foi feita nesta terça-feira (11.9) pelo presidente da Agência Nacional de Eneergia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, após o lançamento do pacote federal que prevê a renovação de contratos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
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"O aumento da tarifa já está autorizado", afirmou Hubner ao ser questionado sobre os problemas envonveldo a gestão da Rede Cemat, cuja administração está soba responsabilidade de um interventor nomeado pela Aneel.
"Se a empresa está inadimplente com o pagamento dos encargos do setor elétrico ao governo federal, há um grande prejuízo ao consumidor final de energia. Mas independentemente de a Cemat ser uma empresa pública ou privada, se ela está inadimplente, ela deverá arcar com as penalidades", acrescentou o presidente da Aneel.
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Na prática, tirando levando em consideração a elevação em 9,54% na tarifa, o desconto proposto por Dilma será de apenas 6,66% em Mato Grosso Já a aplicação de um reajuste de 2,62% havia sido concedida pela Aneel em abril deste ano, mas não foi colocada em prática por problemas relativos aos encargos.
A Cemat Rede tem débitos de encargos setoriais de taxas com a União de R$ 267 milhões. O interventor Jaconias de Aguiar diz não ter ainda os motivos e o volume do endividamento da empresa. Só informou saber os mesmos divulgados pela imprensa, segundo os quais fontes do mercado avaliam uma dívida de R$ 5 a R$ 6 bilhões e de que o controle acionário de 54% da empresa estaria em negociação.
O executivo afirma que a intervenção do governo federal em 31 de agosto na empresa foi feita para preservar a continuidade do fornecimento do serviço de energia ao consumnidor. Um dos motivos para a ação do governo federal foi a má gestão e endividamento da companhia.
A intervenção se deu por meio de uma Medida Provisória (MP) editada pelo governo federal, que atingiu oito empresas do Grupo Rede Energia. Segundo apurou a reportagem do Olhar Direto, a medida foi para evitar a situação extrema de recuperação judicial da empresa diante do endividamento.
Atualizada e corrigida às 15h25.