Candidato à reeleição pela primeira vez na Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Antonio Fernandes (PSDB) defende com unhas e dentes a atual legislatura e diz que os críticos não agüentariam uma semana com o mesmo posicionamento se estivessem dentro do Legislativo – o recado é voltado principalmente aos candidatos deste ano.

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“Essa foi a melhor legislatura”, defende. “Nós cassamos dois vereadores, criamos um Código de Ética, que ainda não tinha, isso sob muita pressão nos bastidores”, elenca. “Criamos ainda a Agência de Regulação sobre o fornecimento de água”, completa.

Ainda sobre as críticas, especificamente sobre a lei que permitiu a concessão dos serviços de fornecimento de água e esgotamento, Fernandes diz que os que hoje atiram pedras, não ajudaram em nada no processo. “Nós fizemos audiências públicas e vejo essas pessoas criticando hoje, mas que não participaram do processo”, reclama.

“O candidato Mauro Mendes, por exemplo. Ele não participou de nada, coisa que ele poderia ter feito como cidadão, mas agora vem criticar em época de eleição . Pra falar a verdade, eu nem se ele mora em Cuiabá de verdade. Ele só aparece na época da eleição”, ironiza.

Aborto e drogas

Formado em teologia e ministro da Eucaristia da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, o vereador também ataca o candidato a prefeito do PT, Lúdio Cabral, a quem acusa de ser favorável à legalização do aborto e da descriminalização das drogas, com base em um documento de uma ala do PT, juventude, que defende o debate sobre os temas.

Cabral já declarou ser contra as duas coisas, entretanto Fernandes afirma que Lúdio deve assumir seu posicionamento, uma vez que se filou ao partido e deve comungar da mesma opinião de seus colegas. Mas quando questionado sobre o posicionamento militante do ex-presidente da República e fundador do PSDB em defesa da liberação da maconha, Fernando Henrique Cardoso, Fernandes é enfático: sou contra.

“A eleição nacional é feita nos municípios. Então é importante sim que esses temas sejam debatidos nas eleições para prefeito”, afirma. E emenda: “Se a Dilma quiser, ela pode liberar o aborto e as drogas porque ela controla o Congresso”, aponta.