A eleição majoritária em Cuiabá ganhou contornos no mínimo delicados para os grupos políticos que cohabitam a base situacionista e a troca de acusações e ofensas entre o ex-secretário da Copa de 2014, Eder Moraes (ex-PR), e o senador e ex-governador Blairo Maggi (PR) pode implodir o arco de alianças do governador Silval Barbosa (PMDB).

De maneira inusitada, as lideranças estaduais, que até pouco tempo estavam todas do mesmo lado, começaram a se atacar desenfreada e mutuamente, sem levar em conta que os ataques desferidos vão contra eles próprios e contras as suas gestões.

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Na última semana, esse mal-estar ficou ainda mais acentuado porque Maggi criticou os atrasos nos repasses da saúde na gestão Silval Barbosa (PMDB) durante programa eleitoral de Mauro Mendes (PSB). Depois disso, Eder Moares, em entrevista, saiu em defesa de Silval, criticando Maggi pelo fechamento de hospitais que ocorreram durante a gestão do repúblicano.

Para o primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Savi (PR), as discussões e acusações desnecessárias podem provocar rupturas que no futuro dificultarão as relações institucionais para Cuiabá.

“Para quem já esteve no mesmo palanque, a estratégia de que a melhor defesa é o ataque não serve. As declarações de Eder com relação à gestão Maggi, da qual ele fez parte integralmente, podem causar um dano irreversível”, advertiu o parlamentar.

Para o analista político Alfredo da Mota Menezes, o racha na base do governador Silval Barbosa, que está se desenhando nesta eleição, pode gerar dissabores para o grupo em 2014. A pena capital seria de perder o poder para o grupo do senador Pedro Taques (PDT).


Atualizada às 13h13