O candidato a prefeito de Cuiabá pelo PT, Lúdio Cabral, acredita que a compra de votos por parte da coligação de Mauro Mendes (PSB) justifica a discrepância entre os resultados dos institutos de pesquisa com a apuração das urnas.
Fiscal denuncia suposta compra de votos por Lúdio; Faiad diz que é ‘piada’
Faiad pede investigação sobre compra de votos e recontagem
O advogado da coligação de Mauro Mendes (PSB), José Antônio Rosa, afirmou que as declarações de Lúdio são baseadas em meras suposições, enquanto existem provas concretas de que foi a coligação petista que fez a captação ilícita de sufrágio. Rosa se refere aos cheques assinados pelo vice de Lúdio, Francisco Faiad (PMDB), usados na denúncia de uma suposta fiscal (
veja aqui).
Por meio da assessoria de imprensa, Lúdio afirmou que “Estas pesquisas foram feitas com dados coletados até sexta. No sábado e domingo, houve outros fatores que influenciaram no resultado da disputa. Nossa coligação está pedindo investigação do caso. Entre as explicações possíveis para esta diferença está a compra de votos”.
José Rosa argumenta que duas pesquisas indicaram o quadro que foi definido nas urnas. “Uma acertou na mosca e a outra, a Access, acertou dentro da margem de erro”, rebateu.
Na tarde de ontem, a coligação de Lúdio encaminhou para a Justiça Eleitoral sete procedimentos que são: suspeição da juíza da 1ª Zona Eleitoral, Gleide Bispo Santos; pedido de observadores do Tribunal Superior Eleitoral para o segundo turno em Cuiabá; auditoria interna do processo eleitoral; recontagem dos votos do primeiro turno; relatório de boletim urna a urna da votação; informação da Polícia Federal sobre suposta compra de votos do candidato Mauro Mendes e esclarecimento formal da Justiça Eleitoral sobre o que aconteceu ontem.
José Rosa disse suspeitar da fala de Lúdio no momento em que, segundo ele, “pipocam” pela cidade denúncias de compras de voto contra a coligação adversária e reafirma: “Temos um fato concreto que são os cheques assinados por Faiad. É a primeira vez na história que se compra votos com cheques”, declara.
Em entrevista ao
Olhar Direto, Faiad declarou que os cheques são de campanha, vão constar da prestação de contas e são destinados aos fiscais. Em sua argumentação divulgada hoje pela assessoria de imprensa, Lúdio reafirma sua confiança nos institutos e no crescimento que teve durante o pleito. “Sempre respeitamos as pesquisas e víamos que a evolução dos dados mostrados refletia o que sentíamos nas ruas. Continuaremos fazendo uma campanha limpa e de respeito à população”, finalizou.