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análise do imaginário

Judicialização e pesquisas são tônicas da disputa de Mauro Mendes e Lúdio

22 Out 2012 - 12:23

Da Editoria - Marcos Continho / Da Redação - Jonas da Silva

Foto: Olhar Direto

Judicialização e pesquisas são tônicas da disputa de Mauro Mendes e Lúdio
Ao invés da ampliação de debates com propostas em torno dos gravíssimos problemas da capital, a "judicialização da campanha" e os resultados das pesquisas eleitorais passaram a ser a tônica principal na reta final da eleição.


Os dois 'personagens' no processo eleitoral em Cuiabá nas duas últimas semanas deste segundo turno deixaram de ser os candidatos Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT).

É na prospecção entre esse real e o imaginário que o eleitor vai se decidir no domingo dia 28. Para o bem ou para o mal, sem querer reduzir a eleição ao maniqueísmo.

A judicialização é normal e ocorre em todas as campanhas para a contenção de abusos econômicos e políticos. É o uso frequente de processos na justiça e recursos como modo de forçar ou pressionar decisões favoráveis ou realçar legalmente o que se quer expor para o público.

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Registre-se que a utilização de ações e processos na justiça é direito sim de qualquer cidadão que se sentir lesado, mas quando o mecanismo é multiplicado de diversas maneiras faz o cidadão descrer no poder de punição da justiça, por banalizar ou naturalizar demais o acesso à lei.

Outro caso de judicialização das duas campanhas, Mauro Mendes e Lúdio Cabral, é o registro na justiça de peças relativas à compra de voto. Na semana passada, o tema permeou toda a cobertura da imprensa. O que resultou? Exposição indevida de pessoas, como tem sido a tônica de boa parte desta campanha.

De concreto, as duas formas de fazer política das campanhas com a "judicialização" e a guerra das pesquisas sem fim, sem qualquer embasamento técnico, mostram claramente que tanto a campanha de Mauro quanto a de Lúdio desconsideram, por vezes, a noção do livre direito do cidadão fazer escolhas e a eleição em si ser a oportunidade para melhorar a cidade. Ou melhor, as táticas dos dois lados parecem ter sido feitas de propósito e serve mais para confundir o eleitor e tumultuar.

Uma das conclusões óbvias é saber se coordenadores de campanha, como os deputados estaduais Emanuel Pinheiro (Mauro) e Alexandre César (Lúdio) terão a tranquilidade necessária para a partir do dia 29 continuar a conviver pacificamente, e sem a contaminação eleitoral, e exercer as funções que lhe foram delegadas pelo cidadão na urna.

Por outro lado, em uma das marcas desta campanha cite-se decisão na justiça que retirou, como censura prévia, conteúdo de site noticioso e uma outra tentativa do gênero propalada pela assessoria de Mauro Mendes e que foi negada.

Fraude em pesquisas

Ainda sobre os levantamentos da opinião pública, é bom lembrar que em menos de quatro dias, ou seja, em curto espaço de tempo, e considerado o mesmo caldeirão de onde se coletou dados da opinião pública, é visível o joguete em que se transformaram as pesquisas eleitorais na batalha do voto do eleitor.

Em um caso atípico, três pesquisas foram impedidadas de serem divulgadas pela justiça neste domingo, por ação da coligação de Mauro. São elas as pesquisas eleitorais Vox Populi registradas junto à Justiça Eleitoral sob os números MT-00687/2012, MT-00695/2012 e MT-00703/2012.

Outro capítulo à parte do processo eleitoral são os resultados díspares das pesquisas, ora pendentes para Lúdio (Gazeta Dados publicado dia 15), ora favoráveis para Mauro (o Ibope do dia 19), para ficar em dois clássicos de referência do meio. Como se explicar se foram feitas em períodos próximos?

Na semana passada, reportagem do Olhar Direto já mostrara o caso curioso de três institutos do mesmo local, na mesma hora e no mesmo dia, na segunda-feira passada (15) terem registrado pesquisas eleitorais.

Logo logo se levantou a fumaça que apontou o calor da tentativa de enganação ou de supostamente forjar resultados eleitorais, como se pode comprovar em reportagem no dia 18, em que três institutos (Instituto Realidade, Full Marketing Instituto e Rose Mary Moreno de Araújo ou Consult Assessoria, Marketing e Pesquisa) fizeram traquinagens eleitorais em outras cidades e em um caso específico, um dos proprietários era acusado de "fraude de pesquisas".

Cabe aqui uma pergunta: Por que e a quem servem essas pesquisas registradas por esses institutos? Qual atividade econômica elas sustentam para se ter tanto interesse nelas? O caso já coube até um alerta do blogueiro Gilberto Léda, em São Luís, ao Ministério Público Eleitoral, porque no Maranhão no segundo turno os mesmos institutos fizeram igual operação.

Ou tais "empresas" responsáveis por essas sondagens têm muito valor a receber para fazer tal serviço ou, no mínimo, elas não sabem nem o que fazem, pois tentam enganar a opinião pública com a ideia de fazer levantamento eleitoral sem qualquer critério de bom senso.

Ao mesmo tempo em que se esquece que o cidadão em particular e o eleitorado como todo tem inúmeras ferramentas atualmente para avaliar "o trabalho feito" e até fiscalizá-lo, sem contar o próprio dever da Justiça Eleitoral em monitorar e acompanhar as pesquisas, objeto de uma parte da eleição.
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