Candidato a prefeito Lúdio Cabral (PT) denunciou e vai formalizar na Justiça Eleitoral a coação que secretários da gestão Chico Galindo (PTB) estão fazendo para que servidores votem em seu adversário. As informações, diz, foram repassadas pelos funcionários públicos. A denúncia foi feita em entrevista coletiva à Imprensa com o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas na tarde desta segunda-feira.
"Nossa assessoria jurídica trata essa questão. Há dias recebemos muitas ligações de servidores para falar que secretários se reuniram com servidores para coagir eles a votar no candidato do Chico Galindo, meu adversário Mauro Mendes", informa Lúdio. "Esse comportamento é assédio moral. São milhares de trabalhadores com contrato precário que estão sendo coagidos por quem tem poder político e cargo de comando na prefeitura".
Eleitor de Mauro, Galindo nega 'coação' e diz estar 'neutro' na eleição
De acordo com seu candidato a vice-prefeito, Francisco Faiad (PMDB), "há fotos das reuniões" e a pressão pelo voto estaria sendo feito com ameça de demissão de servidores contratados ou temporários da prefeitura. "Vamos representar na Justiça Eleitoral", propôs Faiad.
Lúdio afirmou haver ainda um "instrumento de terrorismo conra servidores", segundo o qual, se o petista fosse eleito prefeito, iria demitir servidores contratados. "Nós não vamos demitir", desmentiu.
Ele apresentou propostas específica para o serviço público, como concurso anual e igualar remuneração básica dos servidores contratados e com mesma carga horária dos efetivos, pois, segundo Lúdio, aqueles que não são de carreira ganham menos e têm maior jornada. O petista ainda afirmou que valorizará os cargos de direção da cidade com servidores de carreira pela "memória que têm da gestão e da cidade"
Central
O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, veio à Cuiabá para declarar apoio ao que chamou de "candidato do trabalhador". Ele afirmou que no atual momento em que Cuiabá vive, com obra da Copa, a cidade precisa ter valorização dos trabalhadores e os poderes públicos precisam focar na qualificação deles.
"O Brasil continua dominado por uma elite conservadora, que não respeita as características culturais do povo", afirma. "O projeto de Lúdio é de respeito ao trabalhador e cidadão, que tem que ter acesso à saúde, à moradia, educação e segurança".
Ele afirmou que o projeto do concorrente do petista é de exclusão, de privatização e que não investe no social. "Ou Cuiabá fica no ostracismo, no continuísmo ou vai ter projetos inovadores e governo para todos", criticou a candidatura de Mauro Mendes.
Lúdio aproveitou a presença do dirigente para reforçar que sua candidatura é uma proposta de projeto nacional que foi capitaneado pelo ex-presidente Lula e a presidente Dilma Roussef, ambos PT, cujas ações de governo, entre outros pontos, retiraram 40 milhões de brasileiros da linha da miséria.
