O advogado José Antonio Rosa, assessor jurídico da coligação encabeçada por Mauro Mendes (PSB), acusa a coligação de Lúdio Cabral (PT) e o ex-secretário Eder Moraes (PR) de montar um “grupo paramilitar” de aproximadamente 200 pessoas para revistar eleitores para procurar ilegalmente indícios de crimes eleitorais neste domingo. A denuncia foi encaminhada para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Rui Ramos.
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José Rosa afirma que o grupo é capitaneado por Eder e acredita que o fato tem uma relação direta com a apreensão das camisetas feita ontem pela Polícia Federal. “Estamos colocando esse número de 200 [supostos paramilitares] porque o número de camisetas apreendidas escrito federal na frente e nas costas imitando a camisa da polícia federal foi de 200. A informação que nós temos é que essas pessoas são ligadas ao Eder Moraes, ele está montando esse paramilitarismo contra a população de Cuiabá”, acusa.
Em entrevista por telefone, Eder Moraes rebateu a acusação de Rosa e declarou que quem faz uso de grupos paramilitares é o candidato Mauro Mendes. O ex-secretário também disparou contra José Rosa. “Ele é a maçã podre da advocacia”, criticou.
Rosa narra que a primeira abordagem que teve conhecimento teria acontecido por volta de 11h, no bairro Santa Izabel. “Esse grupo liderado pelo tenente Willian Dias, que foi visto na região do Santa Izabel fazendo intimidação das pessoas, revistando carros como se fosse policial federal e agora a tarde no goiabeiras Ronaldo Pimentel foi abordado chegando na casa da irmã dele”, relata.
O advogado declara ainda que os suspeitos fugiram quando se depararam com um oficial.“Na abordagem [do Bairro Goiabeiras] eles se identificaram como Polícia Federal e não se identificaram [individualmente], pediram identificação e não se identificaram. Entraram e revistaram o carro, olharam uma lista de colaboradores do carro, quando eles estavam no meio da abordagem chegou um genro, casado com a filha do Ronaldo e se identificou que ele é capitão da PM e eles entraram no carro e saíram correndo”, conta.
José Rosa afirma que a Polícia Federal garantiu que não está fazendo este tipo de operação. “Eu fiz uma ligação para o delegado [Cristiano Nascimento] sobre esse tipo de abordagem e ele disse que a abordagem não é deles porque mesmo que esteja à paisana, o policial tem que se identificar”, completa.
Irônico, Eder Moraes afirmou que é José Rosa quem entende de polícia federal e de ser preso. “Não adianta tentar espernear”, provocou. “Quero ver ele provar as acusação”, continuou. O ex-secretário diz que está fazendo um trabalho junto à militância pela “defesa da democracia e para evitar que se instale uma “ditadura”.
Eder garante que tem provas suficientes para impedir que Mauro Mendes tome posse caso seja eleito, o que, segundo ele, seria por si só uma “catástrofe”.
Atualizada às 16h38.
