Cotado por algumas figuras mato-grossenses para disputar o Palácio Paiaguás nas eleições de 2014, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seria um “excelente candidato”, conforme avaliação do atual governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). Mas a opinião emitida pelo peemedebista não considera a bagagem que o ministro traria do Judiciário.

“Ele (Mendes) é mato-grossense. Conhece a realidade de Mato Grosso. Conhece as dificuldades. Não caiu no estado de paraquedas. Briga e luta pelo estado, tem amor pelo estado”, disse Barbosa, em rápida e recente entrevista ao Olhar Direto em Brasília (DF). Quando questionado sobre quem teria caído de paraquedas, ele desconversou dizendo “não sei”. “Estou falando que ele (Mendes) não caiu”.

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“Eu não prospecto ninguém sem conversar. Nunca conversei com ele sobre isso (candidatura)”, ponderou Barbosa. O partido Democratas (DEM), especialmente por meio do deputado federal Júlio Campos, tem manifestado interesse em lançar a candidatura de Mendes. Nascido em Diamantino (209 km de Cuiabá), Mendes já presidiu o STF no biênio 2008-2010 e atuou como advogado-geral da União.

No julgamento de maior repercussão do STF, o da ação penal 470 (mensalão), Mendes tentou livrar o deputado federal Pedro Henry (PP) da condenação, votando pela absolvição do conterrâneo em relação aos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Henry acabou escapando apenas da punição por quadrilha, já que prevaleceu o entendimento do ministro Joaquim Barbosa (relator do processo) – vale observar que o caso de Henry foi um dos poucos em que Mendes não acompanhou o relator.