O Ministério da Saúde apoia reivindicação do prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) de construir um novo hospital de pronto socorro na capital com capacidade inicial de, pelo menos, 120 leitos. Mas condiciona o repasse dos recursos a uma mudança na gestão da saúde do município.

O modelo proposto pelo governo federal para a liberação de mais verbas é o que obriga as prefeituras a criaem uma Empresa Pública de Saúde (EPS) na qual o município contrataria os médicos e demais profissionais pelo regime da CLT, por meio da Carteira de Trabalho, acabando com a estabilidade no setor.

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"O ministro se mostrou receptivo e disse que a conrução de um novo hospital é viável para Cuiabá. Ele disse claramente que a diretriz do Ministério é mudar o modelo de gestão. Este novo modelo está sendo adotado em muitas cidades e muitos municípios.", informou Mendes.

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Mauro critica o modelo atual que, na sua opinião, não garante um atendimento com qualidade nem o comprometimento dos profissionais. Segundo ele, serão contratados profissionais que tenham obrigação de responder pelo contrato firmado com a prefeitura.

"O que não pode é no modelo atual o médico ser contratado para trabalhar quatro horas, mas acabar ficando apenas uma hora, bater o ponto e ir embora", declarou o prefeito após reunião nesta quarta-feira (20.2) com o secetário de Atenção à Saúde do Ministério, Helvécio Miranda Magalhães Júnior.

O prefeito também discutiu com o Ministério detalhes sobre a estadualização do Hospital Geral Universitário (HGU) de Cuiabá. Segundo Mendes, a preocupação é evitar que a prefeitura perca recursos do Fundo Municipal de Saúde tendo em vista que o Estado passaria a assumir as operações de média e alta complexidade na unidade.