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Sábado, 01 de junho de 2024

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Familiares de reeducandos denunciam surto de tuberculose na Cadeia Pública do Capão Grande

Foto: Ilustração/Reprodução

Familiares de reeducandos denunciam surto de tuberculose na Cadeia Pública do Capão Grande
Foi detectado pelos familiares de reeducandos detidos na Cadeia Pública de Várzea Grande, conhecida como Capão Grande, um surto de tuberculose. O caso foi confirmado pelo secretário adjunto de Justiça e Direitos Humanos, Clarindo Alves de Castro, que também garantiu uma fiscalização de saúde para todos os presídios e cadeias públicas do Estado.


“Nós ficamos sabendo desse surto em Várzea Grande essa semana. Nós sabemos que todos os tipos de doenças são detectados em cadeias, mas estamos fazendo uma varredura com especialistas da saúde e em breve esse número será reduzido, de preferência para zero”, garantiu Clarindo.

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Os agentes prisionais que trabalham no local são as primeiras vítimas a ser contagiadas por essa doença que é contagiosa e pode ser repassada pelo ar. “Nós sabemos que os alvos primeiros são aqueles que estão dentro da cela, mas os agentes estão ali, trabalhando todos os dias junto dessas pessoas e com certeza podem ser contagiados. Já estamos com um pedido para que todos trabalhem com máscaras e que os doentes sejam transferidos de locais, para que não fiquem juntos dos que estão sadios”, solicitou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, João Batista de Souza.

Uma denuncia, relatada pelo próprio secretário de Justiça do estado, Luiz Possas de Carvalho, consta que os trabalhadores já estão se protegendo contra a doença, mas quem visita está totalmente desprevenido. “As denuncias dão conta que dentro dos presídios encontram muitas pessoas doentes e principalmente com tuberculose. Nós sabemos que quem visita as cadeias, em especial a do Capão Grande, está sem proteção e sem máscara. Vamos vistoriar isso e em um prazo breve vamos saber o total de quantos estão infectados para separar e começar o tratamento que é de seis meses”, confirmou o secretário.

Exames estão sendo feitos em todos os detentos da Cadeia Pública do Capão Grande e até agora 14 detentos da ala B já foram confirmaram e 13 estão aguardando o resultado. Possivelmente, segundo o sindicalista João Batista, mais de 20 reeducandos estão infectados com tuberculose.

O diretor do maior presídio do estado, a Penitenciária Central (PCE), antigo Pascoal Ramos, Kleiton Ayres de Lima, confirmou que em cadeias são necessários consultas diárias. O que talvez diminuiria o número de doentes entre a população carcerária. “Precisamos de médicos urgentes aqui. Existem visitas, mas não temos ninguém pessoalmente.

Dentro do presídio, principalmente aqui (PCE), temos uma superlotação, o que aumenta as chances de doenças e dificulta um acompanhamento mais de perto com todos, em visitas que são mensais”, criticou o diretor.

João Batista Souza, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, relatou que seis médicos já foram chamados, mas nenhum tomou posse. “A oferta paga para um médico trabalhar em presídio é muito pouca. Ninguém vai deixar de ganhar R$ 3 mil em 10 horas trabalhadas, para vir servir dentro do presídio pelo mesmo valor, mas em uma carga horária de 40 horas. Enquanto isso quem sofre é quem tá dentro dos presídios”, argumentou o sindicalista.
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