O presidente estadual do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, assegura que a legende cresceu sob seu comando, jamais se “assenhorou” do partido e que está sendo vítima de conspiração. “Forças externas e internas [do próprio PSB] fazem esses ataques. Existe uma conspiração velada contra as candidaturas majoritárias do partido”, denuncia ele, sem citar nomes.

Leia também:
Movimentos de base do PSB acusam Valtenir de ‘patrão’ e pedem seu afastamento da Executiva
Após denúncia de corrupção, membros do PSB fazem manifesto para afastar Valtenir da presidência da sigla

Valtenir desdenhou do grupo que enviou documento à Executiva Nacional solicitando seu afastamento da presidência da agremiação. “É um movimento de meia dúzia. É evidente que dentro do partido existem divisões. E esse é um grupo que sempre teve postura de ataque à minha pessoa”, afirma ele.

Valtenir disse que vem tem conversado “muito bem” com o prefeito Mauro Mendes (PSB) e se colocado à disposição da administração de Cuiabá. “Tenho mantido contato tranquilamente com o prefeito Mauro. Diálogo produtivo”, afiança.

Mesmo sem citar nominalmente, ele deixou implícita sua suspeita de que a deputada estadual Luciena Bezerra esteja por trás da movimentação que deseja apear-lhe do poder. “É natural que haja oposição [interna] o partido”, reconhece.

O presidente estadual socialista foi acusado por movimentos internos, como Juventude, Sentinela, LGBT, Mulher e Negritude de “agir como patrão”. Todavia, ele nega com veemência e prefere responder com números: o crescimento do PSB no Estado, em 2012.

“Estamos presentes nos 141 municípios de Mato Grosso. Em 2012, lançamos 24 candidatos a prefeito e elegemos 12, inclusive na Capital, maior colégio eleitoral do Estado”, recorda ele. “Laçamos 28 vice-prefeitos e elegemos 12. E lançamentos 700 candidatos a vereador e elegemos 82, sendo três em Cuiabá. Creio que os números falam por si”, pontua Valtenir.

Em Cuiabá, os vereadores socialistas são Onofre Júnior, Faissal Calil e Adilson da Levante Machado.
Valtenir acredita que está sendo atacado, também, por ter colocado seu nome à disposição do PSB para uma candidatura majoritária, em 2014, provavelmente ao Senado. Ele está em Brasília em busca do processo no qual é colocado sob suspeição e diz que não há provas nem encontrou o conteúdo do qual é acusado.