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Sexta-feira, 07 de junho de 2024

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‘Falsa’ doação de beneficiária do Bolsa Família de Cuiabá é mais uma de lista de 10; ' (Veja nomes)

Foto: Lucas Bólico - OD

Além de Sebastiana, pelo menos outros dois cabos eleitorais de Silval

Além de Sebastiana, pelo menos outros dois cabos eleitorais de Silval

Na prestação de contas de campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aparecem outras nove doações de R$ 510, realizadas no dia 14 de outubro de 2010, assim como a da ex-beneficiária do Bolsa Família de Cuiabá Sebastiana Rocha. Dessa lista de dez doadores, ao menos três são de Cuiabá e trabalharam como cabos eleitorais da presidente e do governador Silval Barbosa (PMDB), no segundo e primeiro turno daquelas eleições, respectivamente. Em todos os casos, os envolvidos negam as doações.


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Cristine Aparecida Costa Macedo, amiga de Sebastiana, argumenta que não teria lógica trabalhar e doar praticamente tudo ao candidato. A remuneração dela como cabo eleitoral foi de R$ 600, portanto só sobrariam R$ 90 após a suposta doação. "Eu vou trabalhar na rua, no sol, para dar dinheiro para quem já tem? Eu não! Nunca doei nada", ratificou, em entrevista ao Olhar Direto.

A suposta doadora afirma que nunca teve nenhuma afinidade política e nem é filiada em partido algum, tendo apenas trabalhado na campanha eleitoral por dinheiro. Cristine também nega ter autorizado qualquer doação em seu nome e afirma ter assinado somente o contrato de trabalho temporário e o recibo de pagamento.

Outra cabo eleitoral que aparece como doadora é Aparecida Sueli Gomes Varela, cunhada da ex-beneficiaria do Bolsa Família Sebastiana Rocha. Atualmente funcionária do setor de limpeza do Sebrac, ela nega ter conhecimento de que era doadora de campanha da presidente Dilma. "Eu nunca doei nada. Trabalho com limpeza, como que vou doar meu dinheiro? Votei nela? Votei. Trabalhei na campanha? Trabalhei. Mas foi só", contou.

Aparecida ainda argumenta ter trabalhado na campanha porque estava desempregada e precisava de dinheiro, e que por isso seria ilógico ela doar praticamente todo o salário de volta ao empregador. Ela também nega ter autorizado qualquer doação em seu nome. "Nunca doei e nem autorizei. Não me envolvi com nada disso", alega.

Sem ligação

O secretário de Estado de Comunicação, Carlos Rayel, que foi marqueteiro de Silval Barbosa durante o período eleitoral de 2010, nega veementemente qualquer ligação entre as doações de campanha para Dilma Rousseff e o comitê do governador.

Segundo ele, o fato de ela ter trabalhado durante o 1º turno para Silval é independente dos trabalhos realizados no segundo turno. “Isso é forçar a barra. Você já viu como as pessoas são contratadas nesse período? Elas são recrutadas. Não dá nem para conhecer todo mundo”, disse.

Ainda segundo ele, quem deveria responder sobre o assunto é Luiz Antonio Pagot, que foi responsável pela campanha da presidente Dilma em Mato Grosso. “O PT e ele é que tem que responder isso”, concluiu.

Grande Voluntário

O ex-diretor geral do Departamento Nacional de Trânsito Luiz Antonio Pagot (PTB), que em 2010 ainda exercia a função e era filiado ao PR, afirma ter sido um voluntário na campanha da presidente cujas funções passavam longe do contábil e financeiro. De acordo com ele, isso foi de responsabilidade do Diretório Regional do PT.

“Eu fui uma voluntário que comandou algumas carreatas aos finais de semana. Não teve isso de Pagot coordenador de campanha. Eu trabalhei de forma voluntária, ao lado de voluntários. Cabos eleitorais pagos e todo o resto do contábil e financeiro era responsabilidade do PT”, explicou.

Doação de Serviço

O presidente do Diretório Regional do PT, Willian Sampaio, explicou que a doação de campanha de todos esses cabos eleitorais foram, na verdade, uma contribuição com trabalho voluntário durante as eleições. Segundo ele, o valor que aparece seria uma estimativa dos custos de trabalho deles.

“Ela estimou o valor do trabalho dela e doou. É que o TSE entende que não existe mais militância no Brasil. Que todos que estão nas ruas são pagos. Mas o PT é um dos poucos partidos que ainda tem essa militância”, argumentou.

Contudo, a alegação de Willian vai de encontro a declaração dos antigos cabos eleitorais, os quais afirmam ter trabalhado por necessidade financeira. “Bom, se ela diz que recebeu ela vai aparecer na prestação de contas como despesas e ela tem o recibo de que trabalhou na campanha da presidente Dilma. Mas eu duvido que ela tenha esse recibo”, finalizou.

Além de Sueli, Aparecida e Sebastiana, aparecem outros sete nomes na planilha de prestação de conta da presidente Dilma Rousseff como doadores do valor estimado de R$ 510 no dia 14 de outubro de 2010. São eles:


Fortunata Neuza dos Santos

Jakeline Maria da Costa

Lorena da Silva Almeida

Orchilene Pereira de Moares

Eidj Maria da Silva

Adylla Kelly Brites da Cruz

Alessandra Pereira Pinto
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