Os mais de 450 mil alunos da rede estadual de ensino de todo Mato Grosso encontram-se fora das salas de aulas há uma semana por conta da greve deflagrada pelos professores e profissionais da educação do Estado.
Os profissionais alegam que até agora o governo sequer demonstrou interesse em negociar com a classe, e afirmam permanecer em greve por tempo indeterminado. Na última sexta-feira (16) eles se reuniram com a o secretário de Educação (PT), Ságuas Moraes e de Administração, Fracisco Faiad (PMDB), para tratar das reivindicações dos professores mas não obtiveram proposta nem resposta alguma.
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Segundo o Sintep/MT, Ságuas voltou a afirmar que é inviável atender as demandas da educação sem que haja um estudo técnico, o que já havia sido proposto na reunião com o governador Silval Barbosa em julho. Porém, o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes discorda da posição do executivo estadual. Segundo Henrique Ságuas Moraes, demonstrou a falta de compromisso do governo com a educação pública de Mato Grosso.
“Como prevíamos a Seduc manteve o mesmo posicionamento da reunião anterior, colocando empecilhos e trazendo pouquíssima coisa de concreto. Na nossa avaliação, o que nos foi apresentado é muito pouco”, afirmou Henrique.
A ausência de representantes da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) também foi discutida durante a reunião. “Nós gostaríamos que tivesse alguém da Sefaz nessa reunião, uma vez que há um descontentamento na própria Seduc relacionado à suspeitas de que o recurso da educação está sendo destinado a outras rubricas. Por isso o Sintep quer uma relação de tudo o que a Fazenda repassou para a Seduc nos cinco últimos anos”, afirmou o presidente do Sintep/MT.
De acordo com a categoria a alegação do secretário é de que nos últimos 10 anos o ganho real de professores teve um aumento de 80%, porém Henrique rebateu a afirmação. “Mesmo se o governo alcançasse um ganho real de 150% para os profissionais da educação isso não significaria absolutamente nada, porque hoje trabalhamos com um dos pisos salariais mais desvalorizados”, pontuou o presidente do Sindicato. Hoje, o piso salarial de um profissional de nível médio que atua 30 horas semanais é de R$1.569,18.
O Sintep/MT aguarda o documento que o governo do Estado encaminhará com as possíveis propostas para a classe. Após avaliação da direção, o documento será encaminhado para as subsedes fazerem sua avaliação e posteriormente o documento ser discutido em Conselho de Representantes e Assembleia Geral a ser realizada no dia 26 de agosto.
