O senador Pedro Taques (PDT) é o nome mais assediado da política mato-grossense da atualidade. De lideranças nacionais a regionais, seja governo ou oposição, em Cuiabá ou Brasília. Ao que parece, todos querem amarrar o bode junto ao ex-procurador da república caçador de corruptos e estarem no centro do poder.
Na noite em que deputados e senadores dividiram o plenário da Câmara para sessão do Congresso Nacional que apreciou vetos presidenciais, Taques recebeu convite para participar de encontro nesta terça-feira (17.9) no gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O objetivo é discutir a formação de um palanque em Mato Grosso para o pré-candidato tucano à presidência da república. E o encarregado de articular o encontro entre Taques e Aécio foi o deputado federal Nilson Leitão, presidente estadual do PSDB e líder da Minoria na Câmara.
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“Trabalhamos a formação de um palanque forte para Aécio Neves em Mato Grosso. E estamos falando com Pedro Taques e outras lideranças”, revelou Leitão com exclusividade ao
Olhar Direto instantes após confirmar com Taques a reunião com Aécio.
Momentos depois, Pedro Taques foi procurado pelo deputado Wellington Fagundes (PR-MT), com quem havia marcado uma conversa reservada. Wellington, que até já se manifestou favorável à formação de chapa pura do PR para disputar o Paiaguás, confirmou o encontro com Taques.
“É uma aproximação, sim. Estamos conversando, analisando o cenário. O PR está construindo um projeto para o Estado. Por isso, avaliamos todas as possibilidades”, admitiu Fagundes.
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Pedro Taques sabe que o momento é delicado, mas decisivo, e precisa começar a definir quais serão seus possíveis aliados nas eleições 2014. Fica clara a formação de um blocão de oposição em Mato Grosso junto com o PSDB, DEM, PSB, PPS e outros.
Caberá ao bloco de oposição a Silval sustentar um palanque nacional de oposição a Dilma Rousseff. No entanto, o PDT está em crise por conta das denúncias de irregularidades no Ministério do Trabalho.
Não por acaso, todas estas articulações ocorrem em uma semana decisiva para lideranças e partidos atentos às eleições de 2014. O PSB já deu mostras claras de que vai mesmo se desligar da base do governo federal, em uma tentativa de fortalecer a candidatura de Eduardo Campos à presidência.
Para interlocutores próximos, as conversas de Pedro Taques com políticos do governo e oposição tem o lado positivo de fortalecer sua candidatura. Mas carrega o ônus de ter de arrumar espaço para acomodar muita gente na máquina pública caso vença a eleição.
“O Pedro Taques sempre se mostrou independente, mesmo estando em um partido da base do governo. Mas precisa pensar que não precisa se aliar com todo mundo”, avalia a fonte.