O presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), Gian Castrillon, considerou “lamentável” a manifestação realizada pelos servidores do órgão na manhã desta terça-feira (13), em Cuiabá. “A decisão judicial não se discute, mas se cumpre. Isso serve para mim, você e para o Papa”, opinou.
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O presidente do Detran-MT também declarou que as reivindicações feitas pelos servidores foram atendidas e que a alegação de que existe um sucateamento do órgão é apenas um “folclore”.
Em quase um mês de greve, o episódio desta manhã foi o mais conturbado. A ocupação do pátio de vistoria veicular do Detran-MT por cerca de 80 servidores do órgão foi acompanhada pelo Batalhão de Trânsito e pela Força Tática da Polícia Militar.
Um servidor, Alex Alexandre Andrade, chegou a ser detido por desacato a autoridade e liberado horas depois. No momento da detenção, um dos policias que acompanhava o servidor até o carro de polícia chegou a lançar jato de gás de pimenta para dispersar um pequeno grupo de servidores que tentava negociar a soltura do rapaz.
Durante toda a ação, Castrillon permaneceu em seu gabinete, mas nesta tarde criticou a ação dos grevistas que não acataram a determinação judicial de interromper a paralisação. A decisão liminar foi expedida no último dia 6 de novembro pela desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso Serly Marcondes Alves, que considerou a greve ilegal.
Para Castrillon a situação poderia ser evitada se os servidores não tivessem impedido a continuidade dos trabalhos daqueles que optaram retornar ao trabalho.
“É um direito do servidor e do sindicato não acatar a decisão judicial, mesmo sendo sujeitos as penalidades como o corte de ponto e multa diária de cem mil, mas também é um direito de quem quer voltar ao trabalhar possam voltar e não seja impedido. É lamentável o episódio de hoje” , frisou.
