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Domingo, 05 de maio de 2024

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Ibama deflagra Operação de combate a garimpos ilegais no Pantanal de MT; mais de R$ 3 mi em multas são aplicados

Foto: Ibama

Ibama deflagra Operação de combate a garimpos ilegais no Pantanal de MT; mais de R$ 3 mi em multas são aplicados
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) deflagrou operação Minamata em Mato Grosso para combater a extração ilegal de ouro em garimpos da região do Pantanal. Em uma semana de operação, o Ibama já aplicou R$3,2 milhões de multas e apreendeu cinco caminhões basculantes, três escavadeiras, duas pás-carregadeiras e diversos motores, moinhos e demais equipamentos de mineração, além de uma motosserra sem licença.


As ações fiscalizatórias aconteceram em garimpos de ouro localizados nos municípios de Nossa Senhora do Livramento e Poconé. De acordo com o Ibama, a operação conta com o apoio da Polícia Militar Ambiental e tem como finalidade averiguar a existência de atividades de mineração irregulares, cujos alvos foram identificados a partir de informações colhidas no website Sigmine, do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), associado à interpretação de imagens de satélite pelos técnicos do Ibama.

Também se verificará o comércio de mercúrio, utilizado na mineração, complementando as ações da Operação Termômetro que fiscalizou durante 2013 as empresas que comercializam mercúrio metálico na baixada cuiabana. Três empresas tiveram o cadastro técnico federal (CTF) suspenso para averiguações.

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Em Cangas, um distrito da cidade de Poconé, o Ibama localizou em plena atividade um empreendimento de mineração sem licença ambiental. Contrariando as declarações do responsável pelo garimpo de que não possuía mercúrio no local, os agentes de fiscalização localizaram um frasco irregular contendo o produto imerso em água. Após receber os autos de infração e os termos de embargo e o de apreensão dos veículos e equipamentos, o proprietário foi conduzido pela Policia Militar Ambiental para a Delegacia de Várzea Grande.

De acordo com o Ibama, em Nossa Senhora do Livramento duas das mineradoras visitadas foram multadas e tiveram áreas embargadas por estarem explorando áreas fora do perímetro de suas licenças. Duas escavadeiras e três caminhões basculantes foram surpreendidos em plena atividade nas áreas irregulares e foram apreendidos.

Ainda na zona rural livramentense, foi localizada uma área de extração mineral ilegal desativada com muitos resíduos perigosos abandonados de forma inadequada. A devastação chegou tão próximo de uma rodovia que a coloca em risco de desabamento.

Segundo o analista ambiental Werikson Trigueiro, superintendente em exercício do Ibama de Mato Grosso, o desmatamento ilegal na região do Pantanal Mato-grossense é um problema grave, mas a contaminação do solo com derivados de petróleo e com mercúrio é uma questão gravíssima.

“Municípios, Estado e União devem assumir o papel definido pela Constituição Federal e pela Lei Complementar nº 140, de 08/12/2011, somando esforços na proteção do meio ambiente. A exploração dos recursos naturais deve ocorrer dentro das normas legais, para que ocorra um desenvolvimento sustentável da região”, conclui.

Segundo ele, a baixada cuiabana é uma grande produtora e consumidora de peixe, portanto o cuidado no uso do mercúrio e outros produtos perigosos, é essencial para não comprometer a saúde da população e do meio ambiente pantaneiro.

Minamata

A Doença de Minamata é uma síndrome neurológica causada por severos sintomas de envenenamento por mercúrio. Os sintomas incluem distúrbios sensoriais nas mãos e pés, danos à visão e audição, fraqueza e, em casos extremos, paralisia e morte.

No Japão, uma indústria lançava dejetos contendo mercúrio na baía de Minamata desde 1930. Somente 20 anos depois começaram surgir sintomas de contaminação: peixes, moluscos e aves morriam. Em 1956 foi registrado o primeiro caso de contaminação humana - uma criança com danos cerebrais. No total mais de 900 pessoas morreram, com dores severas devido ao envenenamento. Em 2001, uma pesquisa indicou que cerca de dois milhões de pessoas podem ter sido afetadas por comer peixe contaminado. No mesmo período de tempo, foi reconhecido que 2.955 pessoas sofreram da doença de Minamata.

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