No decorrer desta semana a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio do Centro de Referência (CR), realizou o I Seminário Temático: Triologia de Agamben na Interpretação do Contemporâneo, que teve o intuito de capacitar os pesquisadores que vão trabalhar na pesquisa encomendada pelo CR à Universidade Federal de Mato Grosso para mapear detalhadamente a população em condição de vulnerabilidade de Cuiabá e Várzea Grande.
O curso foi ministrado pelos Dr. Castor Ruiz, professor titular da Unisinos, Cátedra da Unesco de Direitos Humanos, e Dr. Luiz Augusto Passos, professor titular da UFMT, coordenador do Grupo de Pesquisa Movimento Social e Educação do PPGE-UFMT, e da Pesquisa RUA AÇÃO.
Castor Ruiz explicou que o trabalho pode contribuir para conhecer melhor as pessoas em condição de vulnerabilidade. “Essa pesquisa pode ajudar a população a tomar consciência critica dos mecanismos que estão sendo utilizados na atualidade, para enquadrar, monitorar, perseguir e, às vezes, eliminar. Então determinados grupos militantes tomam consciência critica disto. Em um segundo passo, certamente será como em uma escala local e depois nacional e até global, pois este é um debate que está sendo travado em parâmetro mundial”.
Segundo Claudia Carvalho, do Centro de Referência, o seminário foi fundamental para a equipe que irá trabalhar na pesquisa. “O seminário nos auxiliou a termos mais ferramentas teóricas metodológicas, de modo que possamos tanto observar, coletar as informações e poder analisar esses dados. Também serve para ver o que a pesquisa de Cuiabá e Várzea Grande traz como diferencial tanto regional e com relação a outros perfis, além de tomar conhecimento das outras pesquisas já desenvolvidas nos demais estados brasileiros”.
O secretário adjunto de Direitos Humanos, Valdemir Pascoal, destacou a importância da pesquisa. “Pela temática da pesquisa, e por sermos uma das cidades sede da Copa 2014, tendo o processo migratório se intensificado significativamente na capital, a pesquisa vai nos revelar e trazer dados bastante importantes para que tanto Sejudh, os pesquisadores e outras secretarias possam repensar ações efetivas de inclusão social para essas pessoas que outrora se encontram excluídas”.
Neste fim de semana, a equipe já se reúne para dar andamento à pesquisa e definir quais vão para a rua trabalhar a temática desenvolvida.
