O secretário de Agricultura e de Governo de Chapada dos Guimarães, Joel Santos de Souza Neves, irmão do prefeito afastado José Neves (PSDB), foi preso no fim da tarde de sexta-feira (6/6), sob a acusação de integrar um esquema de superfaturamento de notas de compras do município.

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Além do irmão do prefeito, foram presos a chefe do setor de licitações, Leila Aparecida de Oliveira; a servidora Maria Tânia dos Santos e a empresária Miraci Teles. A operação foi deflagrada pela Delegacia de Chapada dos Guimarães e a Delegacia Fazendária. Os agentes também realizaram buscas na Secretaria de Finanças da Prefeitura de Chapada, onde os policiais apreenderam oito computadores e documentos.

De acordo com informações da Polícia Civil, o esquema comandado pelos servidores do município junto com uma fornecedora, consistia na emissão de notas fiscais em valores altíssimos para pagamento de produtos que eram entregues em pequenas quantidades.

De março de 2013 a fevereiro de 2014 foram relacionados mais de R$ 600 mil, em notas superfaturadas e os valores empenhados. Tudo teria acontecido na gestão do prefeito afastado, José Souza Neves.
Segundo as investigações, as notas relacionam quantidades absurdas, como a compra de 17 toneladas de arroz e 25 mil litros de detergente, cujos pagamentos foram feitos pela Prefeitura e nos depósitos encontrados poucos itens.

Os presos vão responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa, crime contra ordem tributária e quadrilha. Todos foram transferidos para Cuiabá e ficarão no Centro de Detenção Provisória.

Livre de cassação

Chegou a ser instaurado um processo de cassação contra o prefeito afastado, contudo, a ação foi arquivada pela Câmara de Vereadores. Eram preciso oito votos para ele perder o cargo e apenas sete votaram pela cassação, enquanto outros três se abstiveram e um votou pela manutenção do tucano como prefeito da cidade.

José Neves era acusado de descuidar do bem público e descumprir preceitos legais descritos no Decreto-Lei número 201 de 1967 que dispõe sobre a responsabilidade de prefeitos e vereadores”. Um morador da cidade havia o acusado de contratar irregularmente um advogado para prestação de serviços ao município, o qual nunca teria atuado verdadeiramente para a prefeitura, mas sim defendido o prefeito em uma ação no Tribunal Superior Eleitoral.