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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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Viúva de Campos convoca partidários para continuar legado político da família

Renata Campos, a viúva do ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência, Eduardo Campos, vai se reuniu na manhã desta segunda-feira (18), em Recife, com líderes e políticos da coligação Frente Popular, que sustenta a base do governo do PSB em Pernambuco. Renata deve anunciar a continuidade dos projetos do marido.


O encontro será realizado na Blue Angel do Derby, às 10h. A expectativa é de que os cinco filhos de Campos compareçam ao encontro.

Renata deve pedir o empenho dos partidários para a eleição de Paulo Câmara ao governo de Pernambuco, além de Marina Silva à Presidência da República.

— Pelo que conheço, ela vai dizer que Eduardo já foi sepultado e que agora será hora de ir à luta — disse o deputado estadual André Campos, do PSB, momentos antes de o ex-governador ser enterrado no cemitério Santo Amaro.

Enterro

Cerca de 130 mil pessoas foram às ruas de Recife neste domingo (18) para prestar homenagens a Eduardo Campos. Pela manhã, autoridades estiveram no Palácio do Campo das Princesas para o velório. Foi realizada uma cerimônia religiosa por volta das 10h. A presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, governadores, prefeitos e outros políticos estiveram presentes.

Por volta das 16h30, o caixão de Eduardo Campos seguiu em carro aberto em cortejo de aproximadamente 2 km até o cemitério de Santo Amaro. Ele foi sepultado ao lado do tio, Carlos Augusto Arraes de Alencar, além do avô, Miguel Arraes — que também já governou o Estado e morreu em 2005, exatamente no mesmo dia que o neto: 13 de agosto.

Junto ao corpo, no caminhão, estavam quatro dos cinco filhos de Eduardo Campos, a viúva Renata Campos, a mãe dele, Ana Arraes, e também a candidata a vice na chapa do PSB, Marina Silva.

O cortejo de dois quilômetros até o cemitério arrastou milhares de pessoas - uma boa parte delas ainda estava na fila para o velório.

Centenas de pessoas aguardavam no cemitério de Santo Amaro para acompanhar de perto o enterro. Renata e os filhos vestiam uma camiseta branca com a frase “não vamos desistir do Brasil”, a mesma dita pelo candidato em sua última entrevista, no dia anterior à morte.

Dois filhos de Eduardo (João e Pedro) ajudaram a carregar o caixão no cemitério. Eles usavam chapéus de palha, uma espécie de símbolo da família Arraes e uma forma de homenagear o pai e o bisavô. Antes que o corpo descesse, Renata e os quatro filhos se aproximaram para o último adeus. O caçula, Miguel, de sete meses, não esteva no enterro.

Durante cerca de 20 minutos, uma rajada de fogos de artifício homenageou o político. O filho João puxou o grito: "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro", repetido por quem estava no cemitério. O hino nacional também foi cantado durante o sepultamento.

Após o caixão descer, Renata e os quatro filhos ficaram abaraçados até que o enterro fosse concluído.

Campos foi o último dos seis mortos no acidente a ser sepultado. Durante a tarde, foram enterrados: o piloto e o copiloto, em Maringá (PR) e Governador Valadares (MG), respectivamente; o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho, em Recife; o cinegrafista Marcelo Lyra, em Paulista (PE), mesmo local onde o fotógrafo Alexandre Severo foi cremado. O sepultamento do assessor político Pedro Valadares foi feito em Aracaju (SE).

O acidente

A trágica morte de Eduardo Campos e de outras seis pessoas interrompeu a campanha ao Palácio do Planalto desde quarta-feira (13). O horário eleitoral na TV e no rádio começa na terça-feira (19). O PSB tem até o dia 23 para definir quem irá compor a nova chapa. Os dois primeiros programas se dedidcarão a homenagens a Campos.

Marina Silva já é certa como a nova candidata à Presidência. Resta o nome do vice. O partido se reunirá na quarta-feira (20), em Brasília, para oficializar a decisão.

Na manhã de quarta-feira, o jatinho com o candidato decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, no litoral de São Paulo. Ele cumpriria agenda de campanha na região e, à tarde, gravaria programas eleitorais na capital paulista.

O tempo estava fechado e chuvoso na hora em que o jatinho chegou ao aeroporto. A última comunicação do piloto com o controle aéreo foi para informar que ele iria arremeter o pouso. A voz dele era tranquila. Logo após esse contato, a aeronave caiu em um bairro residencial da cidade.

Dez pessoas ficaram feridas, sem gravidade. Algumas testemunhas relataram que viram a aeronave em chamas antes de cair. A força do impacto abriu uma cratera no chão. Os trabalhos do Corpo de Bombeiros, de peritos e da Força Aérea no local duraram três dias. As causas do acidente são investigadas pela Polícia Federal e pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
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