O aumento no valor da tarifa de ônibus em Várzea Grande de R$ 2,75 para R$ 3,10 corre o risco de se transformar em batalha judicial. É que, por não concordar com a forma da assembléia geral que deliberou sobre o tema, o presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Jânio Calistro (PMDB), vai acionar a Justiça para anular a decisão da Prefeitura Municipal.
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Jânio Calistro entende que o cancelamento do aumento nas passagens do transporte público municipal, que está em vigor desde a zero hora desta segunda-feira (19), vai ser concedido pelo Poder Judiciário, porque ocorreu de forma irregular. O aumento foi publicado na edição de hoje, no Jornal dos Municípios.
O valor da tarifa saiu de R$ 2,75 e saltou para R$ 3,10, com autorização assinada na última sexta-feira (16), pelo prefeito em exercício Wilton Coelho, o ‘Wiltinho’ (PR). “Penso que é aumento abusivo, inconstitucional e uma falta de respeito com a população trabalhadora, que teve no ano de 2014 seu salário reajustado em 7,5%”, argumentou ele.
Calistro ressalta que faltou clareza na ação e, desta forma, teria faltado transparência e informações nos processos de reajustes tarifários. “Isso configura ameaça ao direito dos usuários do transporte coletivo”, observou ele. “Esse aumento é vergonhoso, considerando o que o sistema de transporte coletivo oferece à população com seus ônibus sucateados, sem ar condicionado e nenhum conforto. Não deveria haver aumento algum antes de uma melhora na qualidade”, pontuou o presidente da Câmara de Várzea Grande.
Wiltinho determinou o aumento por meio de decreto, o que provocou revolta em Calistro. “Vou reunir com os demais vereadores para decidirmos se convocaremos ou não uma audiência pública para debater a situação com a sociedade”, destacou o presidente do Poder Legislativo da Cidade Indsutrial.
O vereador do PMDB discorda da decisão do prefeito em exercício em conceder o aumento e vai brigar em diferentes instâncias do Poder Judiciário. “A majoração é inaceitável, neste momento. Ele lembra que antes de autorizar o aumento, a prefeitura teria que apresentar o estudo plausível que justificasse a medida”, cobrou ele.
“Já questionei o prefeito que assinou o decreto, na calada da noite. E não posso aceitar que a sociedade seja penalizada, pois vai cobrar de nós. Na verdade nem fomos comunicados de que haveria reajuste”, lamentou Jânio Calistro.
O presidente da Câmara de Várzea Grande vai pedir na Justiça que o preço da passagem de ônibus fique congelado até que a proposta seja amplamente discutida e que se faça uma ampla auditoria no sistema de transporte coletivo da Cidade Industrial.
