Uma reunião entre representantes do Governo do Estado e parte da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, realizada na terça-feira (17), encaminhou como serão gastos os cerca de R$ 20 milhões que devem ser economizados devido aos cortes de gastos na Casa de Leis: 100% para a Saúde.
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A ideia é usar a verba para bancar os mutirões e acabar com as filas de espera por procedimentos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde. Inicialmente o Governo espera que a AL pudesse destinar diretamente a verba para as obras do novo Pronto-Socorro de Cuiabá, mas entraves jurídicos impedem o procedimento.
Ainda se estuda a possibilidade dos deputados repassarem esse dinheiro ao novo Pronto-Socorro através de emendas. Se não funcionar, o presidente da Mesa Diretora, Guilherme Maluf, terá de repassar o dinheiro ao Estado, ao fim do ano, de forma similar ao que faz o presidente da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Júlio Pinheiro (PTB), ao devolver parte do duodécimo para prefeitura.
O novo Pronto-Socorro está orçado em R$ 79,6 milhões , fora a verba necessária para equipamentos. A obra atende a promessa de campanha de Mauro Mendes e Pedro Taques, além de ser unanimidade entre a classe política. O deputado federal Fábio Garcia (PSB) já destinou R$ 5 milhões em emendas parlamentares e Estado e Município ainda buscam novos parceiros para garantir a construção.
Contudo, especula-se um aumento da verba indenizatória dos parlamentares que consumiria o dinheiro gerado pelas econômias. Atualmente o recurso é de R$ 35 mil ao mês, mas poderia esse montante poderia chegar perto de dobrar. Isso atenderia a "melhoria de condições de trabalho", cobrada por parlamentares. Como essa verba também pode ser usada para contrtações, seria uma forma dos parlamentares acomodarem aliados apesar da reforma administrativa.
Outras reuniões ainda serão realizadas, dessa vez com a presença de toda Mesa Diretora, para um fechamento oficial de como esse dinheiro deverá ser gasto. A verba será oriunda da economia no gasto com combustível, passagens aéreas, redução de cargos e outros fatores presentes na reforma administrativa da Assembleia Legislativa.
