O patriarca da família Capilé, João Augusto Capilé Júnior, o “Sinjão”, morreu nesta terça-feira (02), aos 99 anos. Ele deixou sete filhos e vários netos, muitos deles em importantes posições no cenário cultural de Mato Grosso, como a cantora Vera Capilé.
Nascido em 23 de março de 1916, na cidade de Rio Brilhante, atualmente Mato Grosso do Sul, ele se tornou uma figura proeminente na política a partir da década de 1940. Pecuarista, se tornou prefeito de Dourados, segunda maior cidade de MS e já uma das mais importantes do velho Mato Grosso unificado. Trabalhou no Projeto de Implantação da Colônia Federal de Dourados e foi fundador da cidade de Itaporã.
Em 1961 a política o trouxe a Cuiabá, aonde viria a fincar raízes até sua morte, não sem antes criar uma “clã” em Mato Grosso. Na época, o então governador Fernando Correa da Costa o nomeou chefe do instituto de terras. Lá, Sinjão foi responsável pela criação de municípios coo Rio Branco e Salto do Céu, na Região de Cáceres.
Mais tarde, ele presidiu a extinta Companhia Telefônica de Cuiabá, embrião da também extinta Telemat. Foi Sinjão quem trouxe a discagem direta a distância (DDD) ao Estado. Foi o fundador do Banco do Estado de Mato Grosso; coordenador do Projeto da Usina de Açúcar de Jaciara; montou e articulou um projeto de cooperação Peace Corps com o Governo do Estado
Em bom estado de saúde, João Augusto Capilé ainda era ativo em rodas de música, aonde tocava seu violão. “Ele estava muito bem para 99 anos. Tocando violão, muito ativo”, disse Gustavo Capilé de Oliveira, empresário e administrador do Diário de Cuiabá, neto de Sinjão.