O menor V.Z., de 15 anos, responsável por matar o tenente-coronel Helton Wagner Martins, de 38 anos, foi apreendido dormindo em sua residência sem demonstrar qualquer preocupação com o crime, segundo o delegado Marcelo Carvalho, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Sinop. O rapaz tem um histórico de violência nos roubos que pratica e ficou apreendido somente um dia após ter praticado um assalto. O secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, defendeu mudanças na legislação.

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“O menor que atirou no tenente-coronel foi apreendido dormindo na casa dele, sem demonstrar qualquer preocupação com o acontecido. Ele tem várias passagens pela polícia. Inclusive, ficou apreendido somente um dia depois de cometer um roubo aqui em Sinop”, disse ao Olhar Direto o delegado responsável por conduzir as investigações.
 
Marcelo ainda acrescenta que “temos informações de que ele era muito violento. Eles demostraram frieza no depoimento e não pareciam estar arrependidos pelo que fizeram”. Para o delegado, o menor afirmou que o tenente-coronel teria tentando desarma-lo e por isso ele efetuou o disparo.
 
A versão contada pelo criminoso será analisada pela Derf junto a Politec (Pericia Oficial e Identificação Técnica). Todos os envolvidos no crime continuam detidos. O delegado deve ouvir a esposa da vítima até o fim desta semana: “Iria ouvi-la hoje, mas ela teve de ser internada novamente”. Marcelo finaliza revelando que o máximo que pode acontecer com o acusado é “ele ficar até os 21 anos no socioeducativo”.

O secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, disse em entrevista ao Olhar Direto que: "O limite é fundamental na formação de qualquer ser humano, que se percebe que não há um respeito mínimo. Há vários fatos envolvendo adolescentes criminosos, algo tem que ser feito. É impossível que a segurança pública dê conta de um problema que não é uma responsabilidade exclusiva. A legislação precisa ser revista com urgência".

O caso

O tenente-coronel Helton Wagner Martins, de 39 anos, morreu, no último domingo (09), após passar por cirurgia no Hospital Regional de Sinop. Ele foi baleado com quatro tiros, no sábado (08) à noite, em sua residência, no bairro Jardim Maringá II, durante uma tentativa de assalto. O militar foi atingido por quatro disparos (três no tórax e um na cabeça). A esposa dele, Cris Martins, foi baleada com dois tiros, um no braço e outro na nádega.