As cidades de Juína e Jaciara são palcos do cumprimento de mandados de busca e condução coercitiva durante a operação Crátons, deflagrada pela Polícia Federal  na manhã de hoje, 8, para o combate à exploração de diamantes. Em Juína são cumpridos uma ordem de condução e um mandado de busca. Em Jaciara, o número de ordens também se repete.

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A ação, um desdobramento direto da operação Lava Jato, combate a  prática de crimes ambientais ligados à extração e comercialização ilegal de diamantes das terras dos índios cinta-larga, em Rondônia. No total, 90 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, 41 de busca e apreensão, 35 de conduções coercitivas, além de 3 intimações para comparecimento a oitivas são cumpridos.
 
De acordo com a Polícia Federal, as ordens judiciais são cumpridas no Distrito Federal e nos estados de Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Pará. A Justiça Federal também determinou o sequestro de um imóvel, bem como do dinheiro encontrado nas contas dos principais investigados para o ressarcimento dos danos ambientais praticados.
 
A investigação apurou que uma organização criminosa, formada por empresários, advogados, comerciantes, garimpeiros e até indígenas, era responsável por financiar, gerir e promover a exploração de diamantes no chamado “Garimpo Lage”, localizado no interior da Reserva Indígena Parque do Aripuanã e de usufruto dos indígenas da etnia Cinta Larga.

Ainda segundo a apuração inicial, a PF também identificou a participação de uma cooperativa e de uma associação indígena na extração ilegal dos diamantes. São apurados crimes de extração de recursos minerais sem autorização do órgão competente, dano a unidade de conservação, usurpação de bem da união, receptação, organização criminosa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Denominação

O nome dado à operação faz referência às estruturas geológicas que dão origem à formação dos diamantes, chamadas de “crátons”.