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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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Pronto Socorro

Saúde de VG se defende de irregularidades apontadas e desafia CRM a fazer comparativo

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Saúde de VG se defende de irregularidades apontadas e desafia CRM a fazer comparativo
Após relatório do Conselho Regional de Medicina (CRM), que aponta mais de 40 irregularidades no Pronto Socorro de Várzea Grande, o diretor geral do hospital, Ney Provenzano, desafiou o órgão a dizer que a gestão não tem melhorado em comparação com a anterior. Além de falta de médicos, de espaço para os pacientes repousarem após anestesia e de equipamentos recomendados para o controle do trabalho de parto no pré-parto, também foram constatados o armazenamento incorreto de medicamentos, e remédios vencidos.  Ney chegou a cogitar os produtos tenham sido plantados criminosamente na unidade.


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“Eu tenho o entendimento que isso é questão política. Alguém querendo tumultuar a gestão. Porque graças a Deus estamos conseguindo implantar o que a prefeita e o secretário Cassius pediram para nós implantarmos, que é humanizar e não deixar que nenhum cidadão fique sem atendimento.” A afirmação foi feita em coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje, 9, para falar sobre a situação. 

As duas ampolas de seloken, flagradas na fiscalização, são utilizadas para tratamento cardíaco e, de acordo com o secretário de Saúde do município, Cassius Clay de Azevedo, sequer fazem parte dos processos licitatórios do hospital. Ele alega que nem a Secretaria nem a Prefeitura ainda não foi oficialmente notificada pelo Conselho, e que todas as informações relativas ao caso, chegaram a eles informalmente.

O presidente do CRM, Gabriel Felsky, confirma que o Hospital ainda não foi notificado e garante que o documento será enviado ainda esta semana. Ele explica que a partir da data de recebimento, o Pronto Socorro terá um prazo médio de 60 dias para adequar às irregularidades encontradas. Com relação ao ‘desafio’ de Ney, ele diz que não é função dele ou do órgão comparar administrações. “Não cabe a nós dizer se esta gestão é melhor ou pior que a outra. O nosso papel é fiscalizar e determinar o que precisa ser feito independentemente de gestão.”

Felsky também disse que, se neste período o município não cumprir com as exigências, a instituição pedirá uma interdição ética do hospital. Esta intervenção não consiste no fechamento da unidade e sim na suspensão das atividades dos médicos, que são impedidos de atender diante da precariedade de algumas situações. Em 2011 a medida chegou a ser aplicada ao local, que ficou sem atendimento por 30 dias.

Com 150 leitos, 146 médicos entre contratados e concursados e uma média de 180 internações, o Pronto Socorro atende cerca de 800 pessoas por dia. “A demanda é excessivamente grande. Aproveito para pedir que o governador Pedro Taques que nos dê uma ajuda. O município precisa de ajuda do Estado porque não está tratando somente de pacientes da cidade, mas também de outros municípios”, disse o secretário. Ele também solicitou ajuda financeira para abrir a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Ipase que, ajudará a desafogar o Pronto-Socorro.

Relatório

Realizado em novembro e divulgado na terça-feira, 8, o relatório do CRM também mostrou que pacientes com doenças infecciosas repousavam inadequadamente ao lado de outros internados. Também é citada a falta de equipamentos em número recomendados no box de emergência e centro cirúrgico.

Em uma das imagens registrada pela equipe um bebê internado na ala pediátrica está em um berço com colchão sem lençol. O local não tem ar-condicionado. Além disso, uma barata também foi flagrada pelas paredes do hospital. 
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